LOW CARB OU LOW FAT? (pouca gordura ou pouco carbohidrato)


Essas são as duas dietas alimentares mais famosas de todos os tempos; a Low Fat, que restringe a Gordura animal e a Low Carb que restringe os Carbohidratos.

A dieta de restrição de Gordura de origem animal, foi muita famosa no final da década de 80 e início de 90. Consiste na redução da ingestão da carne, e outros produtos de origem animal como manteiga, queijo e até o leite. Surgiu a partir da descoberta do grande vilão do coração e artérias – o colesterol.

Daí surgiu um modismo alimentar, os alimentos com baixo teor de colesterol, ou livres de gordura. Foi então que surgiram os produtos denominados ´Light´ e ´Diet´; alguns indicando baixo teor de gordura ou colesterol. Deste modismo alimentar, surgiram o iogurte, leite e até a margarina diet.

Essa dieta alimentar partia do princípio de que os alimentos de origem animal eram ricos em gorduras, aumentando os níveis de colesterol e triglicérides no sangue humano. Esses dois fatores eram determinantes em doenças cardíacas, Infartos (IAM), Aterosclerose e Derrames Cerebrais (AVC).

A simples redução da ingestão de carne e derivados, e outros alimentos de origem animal, reduz os níveis de colesterol e triglicérides, e tornou-se um imperativo não só entre as dietas dos Nutricionistas, mas também nas orientações Médicas.
Todo adulto acima de 40 anos, sabe que deve dosar seu colesterol e triglicérides, e que não pode abusar dos alimentos ricos em gordura, e assim uma mentalidade nutricional foi gerada, para benefício não só do coração, mas para uma qualidade de vida maior.

A Novíssima Low Carb
A dieta de restrição de Carbohidratos e Açucares é divulgada desde os anos 70, mas foi no final da década de 90 que ela ganhou força, pois com o crescente conhecimento da Bioquímica, chegou-se à conclusão que não só a restrição de gordura animal resolvia os níveis de gordura no sangue. Estudos acabaram concluindo que também o carbohidrato é transformado em gordura, e podia aumentar os níveis de triglicérides.

A dieta de restrição de alimentos de origem animal, reduz os níveis de colesterol, mas não era eficaz na redução de peso e gordura localizada, devido a grande ingestão de carbohidratos, que eram armazenados em forma de gordura corpórea. Aos poucos se foi percebendo que o colesterol, não era o único vilão, mas tínhamos um ´trio´ de vilões compostos pelas gorduras, carbohidratos e açúcares.

A Dieta Low Carb, ou de pouco carbohidrato, permite o uso abundante de carne e produtos de origem animal, seguindo o raciocínio de que estas gorduras serão queimadas no lugar do carbohidrato que está ausente.

Surgiu então outro modismo alimentar, que são os alimentos com baixa ou nenhuma taxa de carbohidrato. São alimentos que não possuem a farinha ou açúcar, e são compostos basicamente por proteínas ou gordura animal. Alguns dos famosos ´Hambúrgueres´, já podem ser encontrados sem as fatias do pão (você consegue imaginá-lo assim ?). Mas esse é o modismo atual, que apresenta as carnes na sua mais pura forma, e elimina os amidos e derivados de farinhas.

Os resultados de ambas as dietas
As duas dietas apresentam vantagens. A Low Fat, é reconhecidamente benéfica ao coração determinando queda nas taxas de colesterol e triglicérides, desde que feita com rigor e associada a exercícios físicos. Os resultados não são melhores porque as pessoas ao se privarem dos alimentos de origem animal, abusam dos carbohidratos e açúcares; ou seja, não temos um bife no almoço, mas teremos lasanha, maionese e sobremesa ! E assim os triglicérides, continuam aumentados, pela bio-transformação dos carbohidratos, que acabam estocados em locais indesejados, como barriga, quadris e coxas, aparecendo as estrias e dobras da pele ! Será que nenhuma dieta é perfeita ?

É assim que a Low Carb se apresenta – perfeita. Ela realmente queima as gorduras localizadas e processa a gordura endógena, reduzindo não só taxas, mas medidas do corpo. Ela segue o princípio de restrição calórica com o corte da fonte de carboidratos e açúcares, alimentos que desencadeiam a produção de insulina.

Combinação dos princípios
Como já dissemos, ambas as dietas tem vantagens. Mas se quisermos aproveitar o melhor das duas, teremos de combinar os princípios que regem as duas dietas.

Se combinarmos a restrição de gorduras animais da Low Fat, e a restrição de Carbohidratos da Low Carb, teremos um efeito melhor para nossa saúde.

A gordura e os carbohidratos em excesso nas dietas alimentares, só geram problemas para nosso organismo, seja no aumento das taxas sanguíneas, ou do peso corporal. Não adianta restringir um e liberar o outro; a melhor fórmula é a restrição de ambos, com a substituição destes por equivalentes com valor nutricional superior.

Há um fator ainda, que limita as dietas de restrição – a própria restrição ! As gorduras animais e os carbohidratos não podem ser excluídos totalmente sem vir prejuízos para a saúde.

A manutenção de determinados alimentos de origem animal na dieta, pode ajudar no equilíbrio; o mesmo acontece com a escolha de carbohidratos de reconhecido valor nutricional.

O Vegetarianismo
Se notarmos bem, o Vegetarianismo segue esses princípios há bem mais tempo que essas duas dietas alimentares. Não é um modismo de um século de descobertas científicas, mas uma dieta que é relatada na história da humanidade, nos escritos mais antigos já encontrados. Antigas civilizações, como os Hebreus e Judeus, já usavam recursos do vegetarianismo. Mas os relatos históricos mais antigos, indicam que a dieta original dos primeiros humanos, era exclusivamente vegetariana.
A restrição de alimentos de origem animal (Low Fat) é a base da dieta vegetariana; e a substituição dos carbohidratos (Low Carb) pelos vegetais é o seu princípio.
Essas atuais dietas, só aproximam o conhecimento milenar que o Vegetarianismo já trazia na área nutricional e alimentar. O que hoje a ciência revela como sendo benéfico ao coração, os vegetarianos já usufruem há milênios; o mesmo acontece com o que recentemente se descobriu sobre as restrições calóricas, através da substituição dos carbohidratos.

Equilíbrio Natural
A manutenção dos derivados do leite e ovos garante o equilíbrio perfeito no Vegetarianismo, garantido as proteínas e vitaminas necessárias.
O abundante uso de frutas, legumes e verduras, proporcionam uma restrição de carbohidratos como na dieta Low Carb, sem perda da qualidade apetecível das refeições, com a grande vantagem de se ter uma variedade nutricional rica em fibras, vitaminas e fatores anticancerígenos. Já a carne favorece o câncer em todo o sistema digestivo.

O uso exclusivo de carne, também traz complicações hepáticas (fígado); é notório que o uso da carne aumenta os níveis de Acido Úrico, Uréia e Creatinina no sangue. Essas três substâncias fazem parte dos produtos tóxicos (amônia) do metabolismo das proteínas, e que se permanecerem altas ou constantes por muito tempo, podem comprometer o fígado e desenvolver patologias renais e nas articulações. Pessoas com problemas nas taxas destas substancias (Acido Úrico, Uréia e Creatinina) não devem seguir a dieta Low Carb, e correm risco de terem sérias complicações.

Os carbohidratos podem ser restringidos pelo vegetarianismo de forma saudável e sem os riscos de aumento das taxas de produtos tóxicos para o organismo. As frutas e cereais possuem açúcares e carbohidratos em taxas perfeitas para nossas necessidades. As oligo-composições destes elementos, nos produtos naturais, são projetados de forma inteligente e ideal para o organismo humano.


Princípios da dieta Vegetariana
1. Inclusão de proteínas vegetais, através de grãos e cereais integrais, nozes e amêndoas – reduzindo o colesterol e triglicérides.
2. O uso abundante de frutas, verduras e legumes – em substituição ao alto consumo de carboidratos (massas, farinhas e açúcares), diminuindo as calorias e os depósitos de gordura.
3. Refeições simples, com abundância de alimentos na forma natural ou crua – garantindo menos exposição aos produtos tóxicos do próprio metabolismo humano (radicais livres, amônia, etc) e produtos tóxicos industrializados (conservantes, corantes, estabilizantes, etc)
4. Variedade alimentar de frutas, legumes, verduras, cereais e grãos integrais – para enriquecimento nutricional das várias fontes de vitaminas, enzimas naturais, fatores anticancerígenos, propriedades funcionais, fibras, etc.
5. Complemento alimentar de origem animal de reconhecido valor nutricional – ovo e leite com seus derivados naturais (iogurte, queijo, coalhadas etc.)
6. Uso de elementos naturais na dieta alimentar: água em abundância, sucos de frutas, mel, chás de ervas, etc.