AS GRANDES EPIDEMIAS MUNDIAIS EM LEVÍTICOS 11


Na última década do Século XX e no início deste Século, três grandes doenças preocupam as autoridades sanitárias do planeta, levando ao surgimento de epidemias e causando a morte de milhares de pessoas.

A SARS e a Gripe Aviar (gripe do frango) e também a Encefalopatia Espongiforme (Mal Da Vaca Louca) são doenças fatais, diferentes entre si, mas que tem causado pânico, comoção social e levado a muitos optar pelo vegetarianismo devido a má qualidade das carnes em nossos dias.

Estas três doenças, surgiram do hábito alimentar de animais chamados de ´reservatórios´. Esses animais chamados ´reservatórios´ são aqueles que possuem em sua microbiota normal, microorganismos diferentes daqueles que são encontrados no homem.

Vírus, bactérias e parasitas convivem em harmonia com seus hospedeiros naturais ou em seus habitats, mas a interferência do homem em invadir o seu nicho ou usar esses animais como alimento, é que trazem as complicações.
Certos microorganismos não causam mal algum ao animal com o qual convivem, muitos deles oferecem benefícios em uma relação simbiótica com o hospedeiro; o problema é quando os microorganismos alcançam um hospedeiro diferente – o homem. Ingeridos, inalados ou ativamente se introduzindo no organismo humano, esses vírus e parasitas procuram compartimentos biológicos parecidos com o do seu hospedeiro natural, e colonizam células, tecidos e órgãos de nosso corpo trazendo disfunções graves e até a morte.

Doenças Modernas – Vilões Antigos
A Doença mais recente, a Gripe Aviar (Gripe do Frango) é originada por um vírus o H5N1, que apesar de ser conhecido recentemente, é de uma família viral antiga, a Influenza; mesma família do vírus da Gripe Comum.

O primeiro caso de transmissão da Gripe Aviar para humanos aconteceu em 1997 em Hong Kong, causando 18 infecções e 6 mortes. Pelo menos 305 pessoas já contraíram o vírus na China, que já matou 12 pessoas em toda Ásia. Duas pessoas morreram no Canadá – uma mãe e uma criança que viajaram a partir de Hong Kong – onde uma pessoa morreu e mais de 49 contraíram o vírus.

A Gripe Aviar se apresenta como uma Gripe Comum, mas além de colonizar o sistema respiratório alto (fossas nasais, laringe e faringe), também coloniza o sistema respiratório baixo (brônquios e pulmão) levando ao surgimento de uma Pneumonia, que acaba por se complicar e pode levar a morte.

O H5N1 surgiu da família viral Influenza, que são originários dos porcos; aliás a nossa ´gripe de cada ano´, é incubada nos criadouros de vilarejos asiáticos e saem por todo mundo, vindo diretamente dos focinhos úmidos dos porcos, para o nosso nariz !

É o contato com esse animal (porco) e o consumo da sua carne, que gera o ciclo dessa doença (Gripe Comum); o oferecimento de fezes de porcos, para servir como ração às aves pode ter levado o vírus às aves e gerado o H5N1 da Gripe Aviar.

Os pesquisadores afirmam que o contágio no homem, se dá com o contato com os animais vivos, por inalação das fezes das aves contaminadas; mas é certo que o vírus não está presente somente nas fezes mas em todo o organismo das aves. Milhares de frangos já foram sacrificados e as exportações dos países asiáticos e recentemente dos EUA e Canadá, estão proibidas. Apesar da carne de frango no Brasil ainda estar preservada, isto nos leva a pensar até quando poderemos usa-la com segurança ?

Essa Epidemia nos faz lembrar a Gripe Espanhola que infectou até 1 bilhão de pessoas em 1918, cerca de metade da população mundial da época. O vírus matou outras 22 milhões em um só ano, mais do que qualquer outro surto de doença, ultrapassando a Peste Negra, da Idade Média. As pessoas que se infectaram com a Gripe Espanhola, morriam até 24 horas após o contágio.

Outra Doença Epidêmica é a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) – a superpneumonia que matou mais de 800 pessoas em 2002 e infectou pelo menos 8,4 mil, e continua a infectar as pessoas, embora em menor escala.

O vírus que causa a SARS é da Familia Corona vírus; essa família viral é que origina o Resfriado Comum; a variante que causa a SARS, causa uma infecção similar das vias aéreas, mas de forma mais profunda e perigosa.

Na SARS, depois que o Corona Vírus alcança o homem, este pode transmiti-la, através de espirros, tosse e secreções das vias nasais; o que a torna muito contagiosa. O Corona vírus ao alcançar o novo hospedeiro (homem) se instala no pulmão, causando um infecção rápida e grave.

O Corona vírus é encontrado nos Gatos da Argália, um felídeo selvagem, mas que é vendido em mercados de animais para consumo, na china, propagando assim a SARS ! Os felídeos não são apreciados no mundo ocidental, mas na Ásia eles são abatidos para o consumo da carne. A Copa do Mundo de Futebol realizada no Japão e na Coréia, flagrou esses hábitos dos orientais, e abriu uma grande discussão sobre o abate de cachorros (melhor amigo do homem, no Ocidente) mas que eram servidos nos pratos típicos da Coréia.

No Brasil ocorre uma epidemia similar quanto a forma de contágio por hábito alimentar. A Toxoplasmose é uma epidemia branda, que circula por grande parte da população brasileira; alguns autores dizem estarmos imersos em um oceano de Toxoplasma. O Vírus Toxoplasma gondii que vive naturalmente em gatos e pombos, acaba sendo transmitido pelo consumo de carne e contato com as fezes, levando a doença que pode se manifestar de acordo com o estado imune do indivíduo ou quantidade do vírus ingerida.

A carne de Gato não é usada largamente no Brasil, mas percebemos aqui como alimentação através da carne, esta sujeita a situações das mais adversas, quanto a sua qualidade.

A Ásia Oriental sofre com essas epidemias, pois os hábitos alimentares nos países dali são carnívoros e ali, em certas regiões, não é feito controle sanitário algum quanto a origem da carne. Como exemplo podemos citar a tradicional Medicina Chinesa que usa partes de animais dos mais variados tipos (tigres, ursos, cobras, elefantes, rinocerontes) para uso medicinal; na realidade vemos que pode ser uma prática perigosa, devido aos microorganismos que são transmitidos, nas diferentes espécies de animais.

Uma outra doença que compromete os hábitos alimentares e a saúde do homem, é o ´Mal da Vaca Louca´; doença que causa degeneração espongiforme no cérebro de animais bovinos, e pode infectar também o homem se a carne for ingerida. O agente causal da doença, não se trata de um microorganismo, mas de uma proteína, o ´prion´; essa proteína de origem do tecido cerebral, desencadeia um processo degenerativo no animal e também no homem.

O ´prion´ surgiu do sistema imune dos próprios animais, que ingeriam carne de sua mesma espécie, misturada às rações. Restos de carne das vísceras, cérebro e ossos, são aproveitados para ´enriquecer´ as rações bovinas, e pode ter gerado uma reação no gado, levando o aparecimento desta proteína e do mecanismo da doença.

A Encefalopatia Espongiforme surgiu na década de 90 na Inglaterra e França, mas casos recentes como dos rebanhos norte-americanos, mostram quanta insegurança existe apesar da tecnologia destes países industrializados.

De acordo com a comissão do governo encarregada de monitorar a doença, existem hoje 114 casos de mortes na Inglaterra e 101 mortes na França pela síndrome de Creutzfeld-Jakob (CJD, em inglês), que é a versão humana da doença.

A doença de CJD, a equivalente humana da doença da vaca louca, que causa a degeneração do cérebro e pode ser fatal. O professor de patologia norte-americano Stephen Dearmond, diz que a descoberta é preocupante e que o tempo de incubação da doença pode chegar a até vinte anos.
A síndrome de CJD não tem cura, é semelhante à doença da vaca louca em gado bovino. Milhares de bovinos já foram sacrificados, na perspectiva de se erradicar o agente causador da doença, mas como a Febre Aftosa no Brasil, a perspectiva é que, apesar das vacinas, se conviva com a doença em rebanhos que são usados para o consumo da carne pela população.

Uma alternativa Original
Devido a tantos problemas com os bovinos, frangos e suínos, principais fornecedores de carne, muitas pessoas estão optando pelo vegetarianismo.
Não se trata de um regime alimentar alternativo, pois o vegetarianismo é mais antigo que os hábitos carnívoros do homem; trata-se de um retorno a uma dieta original e muito saudável.

Além de não incorrermos nos riscos de contaminação por estas novas doenças, há aspectos vantajosos, que a nutrição moderna destaca como sendo benefícios ao homem. Dentre as vantagens destacamos: a diminuição dos níveis de colesterol, a não exposição aos hormônios usados nos animais, uma melhor digestão, diminuição no risco de câncer do aparelho digestivo, menos exposição a toxinas e alérgenos animais, o não comprometimento de artérias pela gordura animal, pressão arterial reduzida etc.

Há as vantagens associadas, pois ao se optar por não comer mais carne animal, o vegetariano inclui uma rica diversidade de alimentos – os grãos integrais, as frutas, verduras e leguminosas, castanhas e oleaginosas etc. Esses alimentos, voltam a dieta destas pessoas enriquecendo a nutrição.

Os vegetais são famosos por estarem associados ao combate de doenças como o câncer e doenças do sistema imune, doenças circulatórias, do coração e até no rejuvenescimento !

Em um período de incertezas e fatalidades pela ingestão da carne, é uma excelente opção voltar aos hábitos originais e saudáveis do vegetarianismo.

A CARNE BOVINA E A AFTOSA


O rebanho de bovinos do Brasil é considerado o melhor do mundo. Tratado com pasto vegetal (sem ração) e de forma extensiva, os animais são chamados ´boi verde´, devido as condições naturais que é criado. Trata-se de um rebanho de 190 milhões de bovinos! A exportação de carne no Brasil nunca esteve tão bem.

Em Março deste ano a Europa enfrentou uma epidemia de Aftosa, atingindo Inglaterra, Irlanda e Bélgica; era uma infecção entre os ovinos (ovelhas), e só na Inglaterra foram 30 mil desses animais sacrificados. No mesmo mês, em Hong Kong, a epidemia alcançou 400 porcos em uma fazenda japonesa. Todos esses fatos acabaram ajudando o Brasil.

A campanha de vacinação no Brasil, sempre muito bem divulgada e veiculada pelo Ministério da Agricultura, se tornou mais efetiva com a exportação da carne do ´boi verde´, mas mesmo assim as evidências da Aftosa começaram a aparecer.

O rigor das inspeções está revelando quão frágil é o controle da qualidade da carne, pois nem todo rebanho pode ser acompanhado de perto. Há milhares de pequenos e grandes criadores de gado, em um país imenso como o Brasil; como se controlar a incidência de uma epidemia viral?

Os grandes países já haviam sofrido com o embargo da carne bovina, diante da epidemia da Vaca Louca; o vírus que infecta os frangos tem rodeado o planeta, e não há inspeção que faça a infecção ser controlada. E agora o Brasil se vê com focos da infecção de aftosa (os que a reportagem consegue acompanhar) que revelam que os animais estão doentes, apesar das bem sucedidas campanhas de vacinação; e eram rebanhos destinados para o consumo da população.

O Vírus causador da Aftosa
A febre aftosa é uma doença de bovinos e suínos, muito contagiosa, causada por uma família viral chamada picornavírus. Nesta família de vírus existem cinco tipos de vírus que causam várias doenças em humanos e dentre as mais conhecidas estão a poliomielite (poliovírus), infecções intestinais (coxsackievírus) e o resfriado (rinovírus).

Em várias espécies de animais inferiores foram encontrados vírus semelhantes aos picornavírus humanos . Nesses vírus estão incluídos os vírus da febre aftosa dos bovinos e o da doença de Teschen dos suínos.

Como o vírus se espalha por contato direto e pelo ar, pode atingir regiões em até 90 quilômetros de distância levado pelo vento. Um rebanho contaminado pode facilitar o contágio de rebanhos vizinhos que estão indo para o abate, mesmo sem manifestar a doença.

A contaminação em humanos ocorre pelo consumo da carne de animais abatidos, mas que não foram identificados como doentes. O contágio se dá ainda através do leite e derivados deste; ocorre até mesmo por produtos feitos do couro do animal, que são vetados de serem exportados, pois podem veicular o vírus.

A Doença em Humanos
Nos humanos o vírus, depois de uma incubação de quatro a oito dias, faz aparecer os primeiros sintomas: abatimento, febre ligeira, cefaléia e secura da mucosa bucal, que se apresenta intensamente avermelhada e ardente.

Na mucosa inflamada (lábios, bochechas, língua e eventualmente o ístimo da garganta), em torno da formação bucal e dos orifícios nasais - formam-se vesículas (bolhas pequenas), onde mais tarde surgem ulcerações (feridas, aftas) superficiais, muitas vezes dolorosas. Há salivação intensa, tumefação (inchaço) da língua e dos lábios, e frequentemente também do rosto, disfagia (dificuldade em se comer) e, às vezes, alteração da voz. Aumento e dor nos gânglios ao redor do pescoço.

Quase todos nós já tivemos a experiência de uma afta na boca, agora imaginem muitas delas e em várias partes!

Ás vezes há também formação de vesículas na mucosa genital feminina, mas só raramente se observam nas mamas. Na pele, especialmente nos dedos das mãos, ocorre por contacto direto, no caso dos ordenhadores.

Muitas vezes, principalmente nas crianças, a estomatite (inflamação da boca) se acompanha de sensação de pressão no estomago, náuseas, tendência a vômito e diarréia copiosa.

O prognóstico (previsão) da doença é favorável. A febre costuma ceder no segundo ou terceiro dia, quando as vesículas chegam ao auge do desenvolvimento, dando-se a cura completa da doença em cerca de duas semanas.

Casos de morte nos adultos são raros. Nas crianças e nos lactentes débeis os sintomas entéricos (intestinais) podem levar a fraqueza é à morte, que ás vezes também pode resultar de complicações sépticas (infecção), partidas das ulcerações da estomatite. As crianças e os idosos devem receber cuidado especial em caso de contaminação, devido ao seu estado imunológico.

O uso do leite de vaca para crianças deve ser feito com certificação da qualidade, origem e a validade do produto.

Opção saudável
Com tantas complicações que ouvimos sobre a carne animal (seja bovina, suína ou de aves), uma dieta a base dos vegetais, hortaliças e frutas irão cair muito bem nesta temporada de pré-verão.

As principais doenças veiculadas por enteroviroses têm sua maior incidência no verão , onde o calor favorece a disseminação dos microorganismos. A composição orgânica dos alimentos de origem animal favorece o crescimento dos microorganismos (principalmente bactérias e fungos).

Não se preocupe com a substituição nutricional que você fará ao trocar os alimentos de origem animal, pelos de origem vegetal. Os grãos integrais e a variedade dos vegetais são garantia de uma substituição perfeita que traz benefícios extras, como o melhor funcionamento do intestino (fibras), menos sobrecarga dos rins e menos ganho de peso.

É bom mencionar novamente que o leite (e a carne) de ovelhas, cabras, búfalos e suínos também correm o risco de estarem contaminados, pois a Aftosa atinge também esses animais, e não podem ser substitutos da carne e do leite da vaca.

Existem no mercado as carnes vegetais que são derivados da soja e do glúten e ainda tem a aparência dos produtos convencionais. Possui apresentações em bife, carne moída, salsicha comum e defumada, hambúrguer, almôndega e quibe.

E o leite de origem animal pode ser substituído pelo leite de soja em sabores variados.

O vegetarianismo só tem boas noticias para você!



Sintomas da doença em diferentes grupos:
Lactentes e Crianças pequenas-
Infecções Intestinais
Diarréia e Vômitos
Infecções na mucosa da boca
Morte em casos de não controle das ulcerações e infecções intestinais.

Jovens e Adultos-
Evolução normal sem perigo
morte raríssima.


Mulheres-
Vesículas nos genitais
Vesículas nas mamas


Evolução da doença em humanos:
Sintomas-
Mal estar e fraqueza (1-4 DIAS)
Febre baixa
Dor de cabeça
Boca ressecada
Surgimento das bolhas na boca (3º dia)
Formação das feridas (8 a 14 dias)
Dor nos gânglios
Inchaço da mucosa dos lábios e bochecha
Salivação intensa
Dificuldade em se alimentar
Cura completa (15º dia em diante)

A CARNE SUÍNA TORNOU-SE SAUDÁVEL?


A carne suína por muito tempo foi uma quarta opção na dieta do brasileiro; superada pela carne bovina, de frango e até de peixe, por muitos anos foi uma iguaria deixada para ocasiões distintas.

Não se encontrava facilmente a carne deste animal para se vender, a não ser no comercio informal de animais que eram criados, nos chiqueiros de fundo de quintal. Mas a crescente industrialização e o rígido controle sanitário dos últimos 25 anos, tem feito as grandes empresas alimentícias investirem na carne suína.

Criadouros limpos, rações especiais e animais que tomam banho regularmente tiraram a imagem repugnante do ´porco´ e colocaram a carne suína entre os produtos mais vendidos, através de Lingüiças, Salames, Mortadelas, Patês e vários outros produtos.
Até a medicina descobriu a utilidade das válvulas cardíacas, como sendo do tamanho e funcionalidade ideal para prótese em humanos.

Mas será que a carne suína é segura para alimentação humana?

Um Problema de Origem
Não se trata de preconceito contra o suíno, mas o alimento de origem animal não é saudável para o homem. Nenhuma carne tem se demonstrado apropriado em nossos dias. A medicina moderna tem comprovado que a carne vermelha é altamente imprópria para a saúde cardiovascular, devido ao alto teor de colesterol ingerido. A carne suína é uma das mais ricas em gordura, o que a torna desaconselhável para a dieta humana. Os criadores de suínos afirmam que conseguiram reduzir o teor de gordura da carne na carcaça do animal; a cada 100 gramas de carne suína há 35% de gordura, mas hoje afirmam que os animais sobre dieta deração podem ter apenas 6%! Acredite quem quiser...

Um suíno leva 5 meses para alcançar 90 kilos e estar pronto para o abate, com um ganho médio de 650 gramas por dia! As partes preferidas dos consumidores, o toucinho do lombo e garoupa, chegam a medir 9,5 cm e 8 cm de espessura de gordura. A tabela abaixo mostra como a carne de suínos ainda continua rica em gordura.

De acordo com a American Heart Association, a ingestão máxima diária de colesterol é de 300 mg; e 100 gramas do lombo possui 73 mg de colesterol; ou seja 73% da carne será metabolizada em colesterol puro. Se um adulto comer 4 fatias finas do lombo estará com seu limite diário estourado.

O problema Principal
A restrição da carne suína que foi feita na antiguidade por nações como os hebreus e judeus, visavam excluir o homem de doenças infecciosas, pois os animais eram considerados imundos, quanto ao potencial de microorganismos que poderiam infectar ou infestar os humanos, originando epidemias como temos em nossos dias.

Os suínos são distinguidos como imundos por serem animais reservatórios ou que carreiam em seu organismo bactérias, parasitas e vírus que podem fazer do homem seu hospedeiro intermediário, causando doenças e morte.

Os suínos são animais que possuem uma microbiota muito rica devido aos seus hábitos em meio ao solo úmido e ingerir qualquer tipo de lixo orgânico ou dejeto; alem dos parasitas, muitos vírus são comuns a eles. O mais famoso é a Influenza que causa a Gripe e outra cepa viral que causa o Resfriado.

PANDEMIAS DE GRIPE
1918 - Gripe espanhola matou 50 milhões
1957 - Gripe asiática matou cerca de 1 milhão
1968 - Gripe em Hong Kong matou 1 milhão

As epidemias de gripe não são muito valorizadas devido ao ciclo
mais brando da doença, mas a gripe pode causar grandes problemas de
acordo com a cepa viral desenvolvida (no organismo dos porcos).

Cada suíno é um incubador desses vírus, que normalmente convivem
com o Influenza, mas o contato com o animal e as carcaças, contaminam os humanos.
"Nós sabemos que mais uma pandemia é inevitável. Está vindo", disse o diretor-geral da OMS, Jong Wook Lee, ao comentar em março deste ano a possibilidade de uma pandemia de gripe como em 1918 que matou 50 milhões de pessoas.

A preocupação é maior hoje porque a carne suína se tornou muito popular na Europa onde o consumo médio é acima de 40 Kg/hab/ano, enquanto no Brasil é de 10,09 kg/hab/ano. A facilidade do deslocamento das pessoas e a globalização teriam um efeito devastador na disseminação do vírus influenza.

O Cisticerco, responsável pela segunda doença infecciosa mais disseminada pelo suíno, é adquirido pelos porcos no meio ambiente, mais especificamente no solo; o parasita só se desenvolve nos suínos e nos bovinos, sendo que nesta última a infestação não alcança o cérebro do hospedeiro humano mas só o intestino. A Cisticercose é causada pelo parasita Taenia solium e é transmitida aos humanos nos tecidos musculares do animal; a doença bovina é causada pelo parasita Taenia saginata e é uma infestação restrita ao intestino.

Os suínos de criadouros modernos não estão livres da contaminação por esse parasita, pois constantemente chegam animais do campo, para serem repostos os rebanhos destes criadouros. Os animais que vem do campo se alimentam com a ´ração verde´ ou diretamente do meio ambiente no solo, o que facilita a contaminação do animal. Ao chegar nos criadouros, são alimentados por meses com a ração, mas esses animais acabam por contaminar os outros suínos com as fezes pois os parasitas tem um ciclo longo no intestino do animal. A garantia de um deles estar livre de algum parasita, não é nula e por mais rígido controle que possa ser feito, as epidemias do `Mal da vaca louca´nos EUA e Inglaterra, países industrializados e muito rigorosos, demonstram que pode haver falhas no controle sanitário.

A Dieta do Animal
Embora os Suínos hoje em dia sejam tratados com rações e evitem a Cisticercose, há o perigo de novas doenças surgirem como o ´Mal da vaca louca´ que atingiu o rebanho bovino, devido ao conteúdo indiscriminado das rações. O ´Mal da Vaca Louca´ demonstrou os efeitos de uma dieta de rações imposta aos animais que são preparados para o abate. As rações são preparadas com restos das carcaças dos próprios rebanhos ou de espécies diferentes, o que causou o surgimento do ´prion´. “Príon é uma proteína que fica no tecido da carne contaminada e é gerada pelo sistema imune do animal.

Ao contrário de um vírus ou uma bactéria, a príon não contém informação genética própria e não se propaga através da reprodução ou fazendo cópias de si mesma. Os cientistas acreditam que a prion "recruta" uma outra proteína que fica na superfície de células presentes no cérebro. Essas proteínas do cérebro se tornam mutantes e, em grande quantidade, elas formam massas insolúveis dentro das células, que acabam morrendo”.

O uso exclusivo de ração não torna o animal seguramente bom para o consumo humano, principalmente porque os suínos no Brasil também usam uma ração a base de farinha de ossos e vísceras.

O Tratamento do Animal
O controle sanitário é feito através da limpeza dos abatedouros, vacinação, administração de drogas aos animais e fiscalização da carne depois de abatido o animal.

No Brasil 52% dos antibióticos produzidos, é para uso veterinário em rebanhos!
O grande problema é que ao comer a carne destes animais, ingerimos doses maciças (literalmente cavalares) destas drogas que atuam em nosso organismo também! Os animais são reservatórios de muitas bactérias, parasitas, fungos e vírus que são patogênicos aos humanos; esses tratamentos visam eliminar os microorganismos patogênicos do animal, mas acabam alcançando as bactérias que são microbiota normal no homem, deixando apenas as bactérias mais resistentes e potencialmente patogênicas a ele; além disso as próprias bactérias acabam por desenvolver resistência ao próprio remédio, devido a constante exposição aos mesmos. Uma seleção de microorganismos super-resistentes aos antibióticos permanece, e as atuais drogas não poderão combate-las.

Como se não bastassem os antibióticos, as drogas mais usadas são aquelas para engordar o animal, e aumentar o seu peso para o abate em menos tempo possível. Essas drogas também agem no organismo humano de forma indiscriminada. A crescente obesidade entre a população de alguns países pode ser resultado da ação destas drogas.

Substâncias Naturais do Animal
Ao ingerir a carne de suínos ou de outro animal qualquer, nosso organismo também compartilha de uma variedade de substâncias que estão presentes nos tecidos musculares do animal. Metabólitos que seriam utilizados pelo fígado e toxinas que seriam eliminados pelos rins do animal são ingeridos diretamente pelo homem. Apesar destas substâncias passarem pelo fígado e rins humanos, antes disso essas substâncias tem seus efeitos alergênicos e tóxicos expostos ao homem.

Muitas reações alérgicas ou intoxicações alimentares ocorrem por este motivo. Alterações gastrintestinais são comuns daqueles que tem a carne em suas dietas, porque ela transporta muitas substâncias tóxicas que não foram eliminadas pelo organismo do animal.

Os suínos possuem hormônios naturais; parte desses hormônios está na carne do animal e é ingerida quando nos alimentamos dela. Para entendermos o que ocorre, recorremos a um exemplo simples; uma mãe quando amamenta seu bebê precisa estar calma e tranqüila, pois se estiver agitada e nervosa, pode liberar no leite materno substâncias adrenérgicas que deixarão a criança agitada também. Drogas e medicamentos também não são recomendados por ser disseminado pelo leite materno.

Hormônios não são liberados no leite materno, mas no caso dos tecidos musculares do animal, eles estão presentes e atuam indiretamente em nossa fisiologia se ingeridos com a carne. Os hormônios regem o comportamento do animal, fisiologia e humores; acabamos por participar destas substâncias, mas que seriam normais nos suínos e não em humanos.

Outra conseqüência é o estresse pré-abate e a produção de carne de qualidade inferior em situações em que o estresse ocorre muito próximo do momento da morte do animal. Substâncias como cortisol e catecolaminas estão no plasma dos suínos, produzidas pelo estresse do transporte e maus tratos, levando a um estado chamado de"downers", ou seja, são animais em estado de exaustão provocada pelo excesso de acido láctico nos músculos (carne). Estes hormônios são liberados em condições de estresse e são os principais responsáveis pelas respostas fisiológicas negativas que levam a ocorrência de mortes, "downers", e carne de qualidade inferior em suínos durante intenso manejo do transporte.

Conclusão
Apesar dos intensos esforços para se controlar a qualidade da carne dos suínos, percebemos que há fatores que não podem ser alterados. A constituição da carne de animais, e principalmente dos porcos, não é apropriada aos humanos.

Por mais argumentos que possam favorecer o consumo de carne de suínos, e as propagandas que apresentem produtos aparentemente deliciosos e inofensivos, a grande crise mundial dos países industrializados em relação a carne é a maior prova que desfavorece o consumo.

Alem disso, orientações mais antigas e de origem Divina, já excluíam a carne suína para o consumo humano. O que nos faz concluir que a carne destes animais nunca será saudável.

O QUEIJO SAUDÁVEL PARA VEGETARIANOS


O queijo é um dos raros alimentos que possuem uma história a ser contada; passando pelos povos do Oriente médio, Egito e Europa, são encontradas até crônicas que descrevem as origens, fórmulas e receitas variadas.

Na antiguidade antes que o homem pudesse ler ou escrever, um legendário mercador viajante da Arábia, atravessando uma agreste área montanhosa da Ásia, já cansado, depois de uma áspera subida sob sol causticante, fez uma pausa para restaurar suas forças e se alimentar. Tinha trazido como alimento tâmaras secas e, dentro de um cantil feito de estômago seco de carneiro, certa quantidade de leite de cabra.

Mas, quando ele levou aos lábios o cantil para sorver o leite, somente um líquido fino e aquoso escorreu de seu interior. Curioso, Kanana, o lendário viajante, cortou o cantil e viu, para sua surpresa, que o leite tinha se transformado numa coalhada branca, não muito desagradável ao paladar de um homem faminto. O coalho existente no estômago parcialmente seco do carneiro havia coagulado o leite, e o resultado dessa operação química foi o queijo. Isso se passou há milhares de anos, e ainda hoje, faz-se o queijo exatamente de modo semelhante: coagulando o leite com coalho oriundo de estomago de bezerros.

A gastronomia tem um especial segmento para a apreciação do queijo; em alguns países este alimento é uma iguaria e usado em ocasiões de requinte. A França produz cerca de 400 tipos de queijo, e nesse país ele é degustado apenas com vinhos!
Alem de uma iguaria, o queijo é um excelente alimento e possui qualidades nutricionais muito distintas. Mas temos que avaliar os vários tipos de queijo e deixando de lado as tradições, e sob a ótica da ciência em diversas áreas – a nutrição, microbiologia e micologia, evidenciar alguns fatos sobre o queijo e seus efeitos sobre a saúde humana.

Aspectos Físicos do Queijo
O queijo resulta da transformação do leite que, através de microorganismos, lhe confere requintados e característicos sabores, aromas e texturas. Essa bio-transformação é resultado do ´coalho´que é um líquido retirado do estômago de alguns animais (carneiro, novilho). O coalho é a base da maioria dos queijos – os elementos sólidos do leite conjugam-se numa massa denominada «Coalhada», que se separa do lactosoro ( líquido que contem proteínas imunológicas do animal).

O leite deve responder a padrões de qualidade elevada, para não alterar os processos de maturação e coagulação – e para ter como resultado final o seu correto fabrico. O leite ideal é o leite pasteurizado; porque, pelas temperaturas a que é sujeito na pasteurização, exclui qualquer possibilidade de eventuais problemas microbiológicos e higiênicos. Os queijos artesanais devem ser avaliados com muito cuidado no processo de fervura do leite, e quanto a higiene na preparação.

O resultado final de um queijo, pode ir do mais curado ao mais fresco, do mais salgado ao mais suave, do mais duro ao mais amanteigado; dependendo da forma de confecção e do resultado que se pretende atingir. Os queijos são classificados com base nas seguintes características: tipo de leite, tipo de coagulação, consistência, teor de gordura, tipo de casca, tipo de cura, etc. Essas variantes dos queijos são estabelecidas nas etapas de processo do queijo: coagulação, corte, da coalhada, moldagem, prensagem, salmoura e cura.

Aspectos Nutricionais
Um alimento tão rico como o Leite, o queijo possui proteínas (caseína, globulina), Gorduras (3,8%); Sais Minerais: fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio e magnésio; Vitaminas: A, B1, B4, B6 e B12 , C e D.

Oferece a vantagem da bio-transformação das proteínas do leite em outras proteínas menos alérgenas (apenas em alguns queijos); isso porque a Albumina é eliminada junto com o soro e destinada para outros tipos de queijo (ricota e requeijão).

A gordura do queijo é o grande vilão do alimento que após ingerida, é transformada em Triglicerídeos (gordura endógena) e responsável pelos efeitos indesejados nas artérias do coração.

Se usado de forma moderada, com os tipos mais frescos, o queijo tem um grande valor para aqueles que são vegetarianos ou querem variar o cardápio.

Aspectos Microbiológicos
Aqui estão as grandes descobertas quanto ao queijo para os nossos dias.
Muitas pessoas são intolerantes ao queijo ou após ingeri-los sofrem com dor de cabeça, alergias ou outras pequenas incomodações.

A maioria dos queijos são feitos a partir da bio-transformação do leite pelo processo de bactérias – Streptococcus lactis ou Streptococcus cremosis. São microorganismos oriundos da flora estomacal dos animais que produziram o ´coalho´.

O gênero bacteriano Streptococcus é muito conhecido no meio clínico como causador de infecções sérias (S. Beta hemolítico, S. aureus); mas as cepas bacterianas diferem entre si, e tem funções diferentes, sendo o S. Lactis e o S. Cremosis, usados como interferentes para a produção do queijo, e não sendo patológicos.

Mas como todos microorganismos, eles alem de promoverem a bio-transformação das proteínas do leite em queijo, também liberam toxinas no produto, como resultado de seu ´convívio´ no meio do queijo. São essas toxinas que muitas vezes causam dor de cabeça em alguns, alergias em outros.

Quanto mais amarelado o queijo, mais tóxico ele é quanto à composição de toxinas; pelo tempo de ´cura´ ou tempo que permaneceu em temperaturas quentes para solidificação do produto, melhor o cultivo das bactérias e favorecimento da sua proliferação e liberação de toxinas.

Daí a importância dos queijos frescos e aqueles que não usam o ´coalho´ bacteriano para a bio-transformação. Geralmente os queijos úmidos e brancos, são os melhores para evitar o incômodo resultante das toxinas.

Por ser um excelente ´meio de cultura´ para microorganismos, se o queijo não é fabricado sob rigorosas condições de higiene, muitas são as formas de contaminação.
No Tirol (Áustria), entre 10 de Agosto e 29 de Setembro de 1999, foram detectados dezesseis casos de infecção entérica por Salmonella enterica sorotipo Oranienburg confirmados por cultura. Dez apresentavam diarreia hemorrágica e seis eram portadores assintomáticos. As entrevistas efetuadas a 11 doentes estabeleceram uma relação entre o surto, em uma Quinta alpina e o consumo de queijo de leite de vaca de fabrico local.

Micologia – o segredo dos Famosos Queijos
A Micologia é um ramo da Microbiologia que estuda os Fungos, microorganismos bem diferentes das bactérias, mas que tem uma ação muito semelhante.

Dentre as primeiras crônicas da fabricação de queijos, está a legendária história do Roquefort. Este Queijo de Reis e Rei dos Queijos foi primeiro mencionado nos antigos registros do Mosteiro de Conques, no ano de 1070 e foi, presumivelmente, descoberto por acidente. Há dez séculos atrás, nos verdejantes terrenos montanhosos de Cevennes, próximo de Roquefort, na França, um pastor deixou seu almoço de pão de cevada e queijo feito de leite de ovelha, numa caverna fria para protegê-lo contra o ardente sol.

Uma repentina tempestade desencadeou-se e ele guiou seus rebanhos para abrigarem-se longe da caverna onde seu pão e queijo estavam escondidos. Semanas mais tarde, ele passou novamente pela caverna e, sendo um homem econômico, lembrou-se de seu almoço abandonado. O pão de cevada estava completamente coberto de mofo negro, enquanto que de maneira bastante surpreendente, o queijo fora recoberto com um delicado mofo verde. Ao prová-lo, achou-o picante e mais delicioso do que tudo até então experimentado por ele. Os Monges de Conques aperfeiçoaram a descoberta do pastor e, hoje, essas mesmas frias e úmidas cavernas de Combalva são ainda usadas exclusivamente para suprir o mundo do genuíno Roquefort.

Essa crônica desvenda a ciência gastronômica que esta atrás da degustação da maioria dos queijos. Muitos deles são apreciados pelo gosto picante e aroma forte produzido pela ação dos fungos no produto. São os queijos denominados azuis são os mais afamados em todo o mundo, destacando-se entre eles, o queijo Roquefort, fabricado na França. É fabricado com leite integral de ovelha e maturado em câmaras naturais.

Dentre outros queijos podemos citar o Gorgonzola, fabricado na Itália; o Stilton, na Inglaterra; o Danableu, na Dinamarca; o Bleu d'Auvergne, na França. Estes últimos são fabricados a partir de leite de vaca, gozando de grande reputação no mercado internacional. Todos eles usam Fungos na bio-transformação ou maturação do produto.
No Brasil, a comercialização dos queijos azuis é feita com a denominação "tipo Gorgonzola".

São denominados azuis, pois o fungo desenvolve-se no queijo a tal ponto de ser visualizado por camadas aveludadas azuis, verdes, negras ou cinzas (conforme o fungo usado).

São fabricados a partir de fungos como o Penicillium glaucum e outros; esses microorganismos são mais resistentes que as bactérias e permanecem no produto por mais tempo e assim quanto mais velho o queijo, mais toxinas, mais sabor picante e aroma forte.

Os fungos são responsáveis pelos mesmos sintomas que algumas pessoas desenvolvem depois de comer esse tipo de queijo – as dores de cabeça, alergias e rinites.
Há ainda na Europa, queijos que são produzidos com adição de um tipo de Ácaro, na fase da cura do produto! Na região da Itália onde é fabricada, a iguaria é muito apreciada e disputada nas feiras livres em que são vendidos...

Queijos saudáveis
Como já dissemos o queijo tem um valor nutricional reconhecido, e é muito valioso para a diversificação de cardápio aos que são vegetarianos.

Porem os cuidados na escolha do tipo de queijo são essenciais. Alem da origem do produto, o tipo do queijo é muito importante. Os produtos que possuem uma bio-transaformação via microorganismos (bactérias e fungos) não são inteiramente saudáveis.

A escolha dos queijos frescos, úmidos e brancos são as melhores opções. Um dos melhores é o Queijo Minas Frescal.

A Ricota não é recomendável para algumas pessoas, pois o soro que é desprezado em outros queijos é a base para esse produto. O soro possui muitos alérgenos do leite ou do próprio animal (vaca); pessoas propensas a alergias e rinites, não se compatibilizarão com esse produto.

Dentre os queijos mais saudáveis destacamos aqueles que são feitos com fermento lático a base de Lactobacilius, e os que coagulam o leite por processo químico (ácido lático).

O tempo de maturação é importante também, quanto menos tempo de maturação, melhor; nesse tempo o produto fica exposto a temperatura e condições favoráveis para as bactérias interagirem no meio, e produzirem toxinas. Os queijos que são adicionados de fungos, são os que possuem maior tempo de maturação, justamente para maior crescimento destes microorganismos e produção de toxinas que determinarão o ´sabor e aroma´!

POR QUE O VINAGRE NÃO É SAUDÁVEL


A história do vinagre é tão antiga quanto à do vinho; a palavra vinagre deriva do termo francês "vinaigre", que quer dizer "vinho azedo". O vinho não acondicionado devidamente entra em contato com o oxigênio que favorece a reprodução de leveduras e bactérias, produzindo um ácido que dá o gosto picante.

Atualmente a produção do vinagre envolve dois tipos de alterações bioquímicas: uma fermentação alcoólica de um carboidrato e uma oxidação deste álcool até ácido acético. Emprega-se uma fermentação por leveduras para a produção do álcool.

A concentração alcoólica é ajustada entre 10 a 13%, sendo, então, exposta às bactérias do ácido acético, que vai oxidar a solução alcoólica até que se produza o vinagre na concentração desejada.

Existem diversos tipos de vinagres produzidos dependendo do tipo de material usado na fermentação alcoólica (sucos de frutas, xaropes contendo amiláceos hidrolisados).

De acordo com o FDA (Food and Drug Administration) a definição e padronização de um dos tipos de vinagres são: vinagre de vinhos, vinagre de cidra, vinagre de maçã - produto obtido pelas fermentações alcoólica e subsequentemente acética do suco de maçãs.

O vinagre na realidade é considerado um contaminante indesejável na fabricação de vinhos; mas sempre foi aplicado na culinária como condimento. O vinagre na realidade é uma solução de ácido acético de 4-6 %.

Esse ácido tem propriedades corrosivas acentuadas, particularmente o ácido acético glacial (o ácido na sua forma pura e não diluída), cuja dose letal para o homem situa-se em torno de 20 ml.

É um produto da indústria química, mas como é reproduzido nas reações do vinho em escala orgânica, pelas bactérias, é utilizado em baixas concentrações (4-6%) na culinária.

Os efeitos do Vinagre na digestão
A saliva tem um ph entre 6,0 e 7,0 variação favorável à ação digestiva da ptialina (alfa-amilase) (1) responsável pela digestão dos amidos, ainda na boca; o vinagre, um ácido por excelência, altera todo o ph da saliva e interrompe a digestão dos amidos, que deveria ser ali iniciada.

O ph do Vinagre é idêntico ao do suco estomacal, ou seja de ph = 3,0 (2). O ph estômago tem como objetivo dissolver os alimentos para serem absorvidos no intestino. Mas a concentração da solução ácida no estômago é regulada para favorecer a digestão, e um acréscimo da concentração de ácidos pode causar azia, úlceras e mal estar.

O aumento da concentração de ácidos que o Vinagre promove no trato digestivo pode também desfavorecer a digestão dos alimentos no segmento intestinal. Todo o quimo (massa alimentar processada no estômago) que é enviado para o duodeno sofre a ação de outro suco digestivo, o entérico, com substâncias para digerir proteínas, carbohidratos e gorduras (3).

A secreção dessas substâncias são para neutralizar o ácido estomacal do quimo e para criar um ph adequado para a ação das enzimas pancreáticas (amilase, tripsina, quimotripsina, lípase etc (4)). Se o ph neste processo é alterado em sua concentração por alimentos excessivamente ácidos (o caso do vinagre), há o comprometimento das enzimas do pâncreas.

Já no século XIX se conhecia a ação do vinagre e seus efeitos indesejados; um relato de uma educadora que se preocupava com sanitarismo, demonstra como a ação do vinagre já era identificada como problemática a digestão dos alimentos - “As saladas são preparadas com óleo e vinagre, há fermentação no estômago, e a comida não é digerida, mas decompõe-se ou apodrece; em conseqüência, o sangue não é nutrido, mas fica cheio de impurezas, e surgem perturbações hepáticas e renais” (5).

As interferências nas várias etapas da digestão dos alimentos impedem a ação das várias enzimas da saliva, estômago e as entéricas. O alimento é processado parcialmente, não é absorvido totalemnte pelo intestino, e a ação da flora bacteriana nos vários segmentos intestinais, se encarrega de produzir metabolitos indesejados.

A ação do Vinagre no Tecido Ósseo
Uma experiência simples e fácil de realizar e muito utilizada na escola para os principiantes nos estudos da Química, é a do ovo imerso no vinagre. Os professores instigam os alunos com a seguinte pergunta: Como retirar um ovo de dentro do seu invólucro, sem quebrar a sua casca?

A solução do problema se dá através da reação química do Ácido Acético do vinagre sobre o Cálcio da casca do ovo.

A casca do ovo é constituída por um composto químico chamado carbonato de cálcio. O vinagre, este sendo uma solução diluída de ácido acético que reage com o carbonato de cálcio contido na casca do ovo, origina como produto de reação o dióxido de carbono; toda a casca é perdida na reação, e a clara e a gema permanecem intactas; isso é devido à existência de uma membrana que não reage com o vinagre.

No entanto, esta membrana tem a capacidade de permitir a migração do vinagre do exterior para o interior do ovo através desta. O fato do ovo estar maior no final da experiência é devido à migração do vinagre para o interior do ovo e à inexistência de migração de gema e clara para o exterior.

Queremos destacar aqui a ação do vinagre sobre o tecido ósseo, especialmente nos dentes. Alimentos regados com o vinagre, ou as conservas, irão permitir a reação deste ácido com o cálcio dos dentes, permitindo um desgaste maior e uma ação bacteriana mais favorável, devido a perda do esmalte dentário e fissuras que o ácido cria nos dentes.

As supostas propriedades curativas do Vinagre
O Vinagre além das aplicações na culinária, possui uma suposta aplicação terapêutica que traria benefícios para artrite, osteoporose, reumatismo, pressão alta, gota, bursite, arteriosclerose, enfartos, derrames, fadiga crônica, dores de cabeça crônica, diabetes, rinites, doenças degenerativas e acúmulo de cálcio no sangue.

Todas as afirmações curativas do vinagre são baseadas nos ácidos orgânicos que são oferecidos ao organismo. Mas o Ácido Acético não é um ácido de reposição orgânica, como é o Ácido Ascórbico e outros.

As propriedades curativas dos ácidos orgânicos podem ser oferecidos de forma natural através dos alimentos naturalmente ácidos – as frutas ácidas e vegetais com propriedades similares (veja tabela).

Mas o Ácido Acético é um metabólito de uma ação bacteriana, e sua reposição fisiológica pode ser substituída por ácidos orgânicos naturais (ac. ascórbico, ac. pantotênico, ac. Fólico) como uma ação fisiológica saudável.

Outras aplicações do Vinagre ou Ácido Acético
Na Europa o consumo deste ácido por pessoa situa-se em 4 litros por ano e no Brasil em 0,6 litro por ano. Lá, o produto é utilizado na higienização de cachorros, na limpeza de carpetes e como conservante na indústria de alimentos.

Destacamos a eficiência do ácido acético para limpar metais, cristais e avivar as cores das roupas. Ele também pode ser usado como desodorizador de ambientes poluídos com fumaça de cigarro e odor de frituras; basta colocar um prato com o vinagre sobre alguns pontos estratégicos no ambiente e os vapores do ácido irão neutralizar as partículas e moléculas que causam o odor.

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Ph de Secreções em vários compartimentos digestivos:
Saliva 6,0 – 7,0
Secreção Gástrica 1,0 – 3,5
Secreção Pancreática 8,0 – 8,3
Bile 7,8
Suco Entérico 7,8 – 8,0
Séc. Intestino Grosso 7,5 – 8,0


Alimentos com Ph ácido:
Azeitonas (verde) 3.6 - 3.8
Manga 3.9 - 4.6
Ameixa seca 3.1 - 5.4
Tangerina 4.0
Limão 2.2 - 2.4
Laranja 3.1 - 4.1
Pêssego 3.4 - 3.6
Abacaxi 3.3 - 5.2
Obs. Esses alimentos não podem estar combinados aos amidos ou carbohidratos, pois interferem no ph da saliva, não favorecendo a sua digestão inicial na boca.

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Outras utilidades do Vinagre:
1) Para o arroz ficar bem soltinho, coloque uma colher de vinagre na água do arroz na hora do cozimento; o calor irá vaporizar o ácido, mas deixará o arroz soltinho;

2) Para tirar a gosma da carne do frango, lave o frango, corte os pedaços e cubra-os com água fria e duas colheres de sopa de vinagre. Depois é só lavá-las com água corrente que o ácido será retirado;

3) Batatas murchas, com cascas escuras e enrugadas ficarão como novas misturando-se um pouco de vinagre à água em que forem cozidas; o calor irá vaporizar o ácido;

4) O bolo de chocolate ficará úmido se acrescentarmos uma colher de chá de vinagre de álcool ao bicarbonato estipulado na receita; o calor do forno irá vaporizar o ácido;

5) Na falta de uma geladeira, pode-se conservar carnes cruas por período curto embrulhando-as num pano embebido em vinagre;

6) Se quiser guardar salsichas frescas até por cinco ou seis dias, deixe-as mergulhadas dentro de uma tigela contendo água com uma colher de chá de vinagre (ou mais dependendo da quantidade de salsicha), e um pouquinho de sal. Guarde na geladeira, na hora de usar é só lavar em água pura e corrente em abundância;

7) Muitas cozinheiras colocam um recipiente contendo vinagre perto do lugar onde se está fritando cebolas; assim, não exalam seu cheiro característico, que muitas pessoas não suportam;

8) A polpa do abacate, depois de aberta, escurece logo, isto pode ser evitado passando um pouco de vinagre na superfície;

9) Para que o caqui amadureça mais depressa, faça um furinho junto ao cabinho e coloque ali uma gota de vinagre;

10) Se as mãos ficarem manchadas de frutas, uma mistura de limão e vinagre bem esfregada as eliminará;

11) O limão partido também se conservará fresquinho colocando a parte cortada num pires contendo vinagre;

12) As massas fritas não ficam gordurosas se for acrescentada a elas (durante o preparo) uma colher (sopa) de vinagre;
13) Para higienizar verduras que possam conter ovos e cistos de parasitas, as deixem mergulhadas em água com vinagre (5 colheres de vinagre para cada litro de água); o ácido irá desfazer as membranas dos ovos, cisto e larvas. Depois de 10 minutos de molho, lave bem em água corrente e abundante.



Bibliografia:
1.Guyton; Tratado de Fisiologia Médica, 5ª Edição; p.776
2.Guyton; Tratado de Fisiologia Médica, 5ª Edição; p.765
3.Guyton; Tratado de Fisiologia Médica, 5ª Edição; p.771
4.Guyton; Tratado de Fisiologia Médica, 5ª Edição; p.772
5.White, E.G. Conselhos Sobre Saúde. 1887. p.345

PEIXES DE COURO - UMA ANÁLISE MICROBIOLÓGICA


A famosa lista de animais imundos da bíblia, discrimina os peixes de escamas e os de couro, sendo que esta última seria imprópria para o consumo humano.

Em uma época em que a poluição dos mares e rios não existia, em que os esgotos não contaminavam as águas pluviais e marítimas, o que poderia haver nos peixes de couro, para ser imposta a restrição alimentar?

O que é imundo no contexto bíblico?

Esse termo se refere aos animais que são reservatórios naturais de microorganismos patogênicos ou às pessoas com doenças infecciosas que poderiam disseminar moléstias.

Há várias situações em que o termo ´imundo´é determinado a pessoas, objetos ou animais; todos eles com objetivo de evitar a contaminação por microorganismos, ou desenvolver estados infecciosos.

A Flora Microbiana dos Peixes
Cada ser vivo possui microorganismos em diferentes compartimentos biológicos do corpo; são bactérias, parasitas, fungos e vírus que convivem e muitos auxiliam na digestão e absorção dos alimentos (intestino), proteção e digestão (nasofaringe e boca), limpeza e controle de outros microorganismos (pele e cavidades).

Os peixes possuem em sua ´flora´ esta população de microorganismos, e convivem em um mutualismo, onde não há infecções ou doenças. Mas os microorganismos diferem de espécie para espécie, e de gênero para gênero. Os microorganismos comuns aos peixes não são comuns aos humanos.

Em águas frias, os microorganismos dominantes nos peixes são os psicrófilos como as pseudomonas, alteromonas, moraxella, acinetobacter, flavobacterium e vibrio. Em águas quentes, floras gram-positivas mesófilas, tais como Micrococcus e Bacilus. A maioria dessas bactérias é patogênica ao homem, em seu intestino.

As complicações não acontecem com freqüência porque a ingestão do numero de bactérias não é o bastante para causar infecções; mas em peixes que não são processados devidamente, é que ocorrem as complicações intestinais, tóxicas e alérgicas. Na ingestão destes microorganismos e sua toxinas, são provocados pequenos estados inflamatórios, sub-clínicos, ou pequenos estados alérgicos, que nosso organismo debela, mas que vão estressando o organismo.

Vetores para as Infecções Bacterianas e Virais
Infecções intestinais por bactérias como Salmonella, Shigella, Vibrião da Cólera e outras bactérias entero-patogênicas alcançaram o homem através dos peixes; mas hoje são infecções reincidentes e dimensionadas pela contaminação da água e dos peixes a partir das fezes humanas em esgotos despejados nos rios e mares.

Há ainda as gastroenterites virais que são a causa principal de morbidade e mortalidade em todo os países em desenvolvimento, especialmente em crianças. Mesmo nos EUA 3,5 milhões de episódios anuais da doença e aproximadamente 35% das hospitalizações são por gastroenterite. Rotavírus, adenovírus entéricos, calicivírus, astrovírus , coronavírus estão entre os responsáveis pela diarréia. Os vírus Norwalk e norwalk-símile produzem náusea, vômito e diarréia mais comumente em adultos.

Estatísticas publicadas pela Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) constatam que as infecções bacterianas constituem a maioria das doenças transmissíveis pelo pescado.

Os Hábitos dos Peixes de Couro
Os peixes de couro são espécies carnívoras e rapinantes. Seus hábitos são em se alimentar de restos de peixes mortos e do dejeto orgânico do fundo de rios e mares. A sua flora de microorganismos é bem mais rica para poder auxiliar na digestão e limpeza do organismo de toxinas das carcaças em putrefação.

Muitas bactérias destes peixes fabricam substâncias que neutralizam os venenos e toxinas das carcaças podres e dos pântanos e brejos que costumam se alimentar.

Com o agravante da poluição e contaminação dos esgotos, esse tipo de peixe se torna mais impróprio ainda pois sua dieta alimentar pode ser de dejetos e lixo orgânico tóxico e contaminado.

Alérgenos para o Organismo Humano
Muitos dejetos e lixo orgânico que os peixes de couro se alimentam além de contaminantes, são tóxicos e alérgenos. A alergia é uma reação do sistema imunitário, que identifica substâncias estranhas ao corpo (alérgenos) e tenta elimina-los através das células de defesa como os macrófagos, mastócitos e basófilos.

Estas duas últimas células liberam na corrente sanguínea fatores quimiotásticos para neutralizarem as toxinas e os alérgenos, e daí surgem os sintomas como: inchaço dos lábios, cãibras no estômago, vômitos e diarréia, sensação de fervor, urticária ou eczemas, coriza e outros problemas respiratórios. Uma reação mais séria, mais rara, é o choque anafilático, que acarreta perigo de vida e requer atenção médica imediata.

O Instituto Internacional das Ciências da Vida (ILSI - International Life Sciences Institute) classificou numa lista de uma proposta do CODEX os alérgenos alimentares já reconhecidos e os dividiu em 3 categorias: críticos, importantes e inferiores. Entre os alérgenos críticos e importantes estão 4 classes de alimentos de origem animal, incluindo os peixes e frutos do mar (camarões, mariscos etc).

Deterioração do Pescado
“Logo após a morte do pescado, iniciam-se os processos de deterioração. O pescado é um dos alimentos mais perecíveis, devido a seu elevado conteúdo da metabólitos de baixo peso molecular, assim como de aminoácidos livres que são facilmente disponíveis para nutrição bacteriana”.

Peixes que são apanhados durante a noite, se não forem estocados em compartimentos com gelo imediatamente, chegam em condições impróprias para consumo durante o dia. A maioria das pescas são artesanais, não possuindo gelo para estocagem dos peixes; o pescado só é acondicionado devidamente depois de chegarem nos portos, facilitando o estado de deterioração e contaminação.

Desta forma as bactérias que estavam no corpo do peixe se multiplicam e passam a contaminar o pescado, transferindo toxinas e um número maior de microorganismos.

Conclusão
Devido aos seus hábitos alimentares, em vasculhar o fundo dos rios, lagoas, pântanos e mares, o pescado de couro participa de uma flora de microorganismos, toxinas e alérgenos que poderão desencadear infecções e estados alérgicos no homem.

Com a agravante da poluição e contaminação do habitat dos peixes, o risco de doenças infecciosas, contaminação por metais pesados e estados alérgicos é muito mais perigoso em nossos dias.

A fácil deterioração do pescado e proliferação dos microorganismos nas carcaças dos peixes, são fatores inalteráveis e agravam a situação; fiscalização, transporte e acondicionamento inapropriados somam-se para a má qualidade do alimento.

DIAGNÓSTICO - SEXO ANAL


Há vários comportamentos sexuais que são condenados e classificados como pecado dentro das Sagradas Escrituras.

O sexo está associado ao grande dom de procriar, uma das características da Divindade – dar origem a uma vida – talvez isso torne a imoralidade sexual algo tão condenado pela Divindade.

Por outro lado, Deus criou o sexo; Deus criou "macho e fêmea" Genesis 1:27 e ainda disse "E Deus os abençoou e lhes disse:  Sede fecundos, multiplicai-vos" v.28. Ou seja Deus os abençoou na prática e recomendou que enchessem a terra de filhos... isso exige muito sexo!

Deus se importa com a sexualidade dos humanos, caso contrário não teria colocado tantas restrições sexuais como mandamentos. Para aqueles que gostam de imaginar que Deus não deixou interferências nas questões sexuais, é bom lembrar das restrições de sexo durante a menstruação - Levítico 15:19, entre outras.


Na anatomia humana, o ânus e o reto, são partes do aparelho intestinal para eliminar as fezes; e esses compartimentos biológicos e o material fecal que ali está, é muito rico em bactérias.

Pesquisadores da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos, descobriram que há cerca de 1,2 mil vírus diferentes no intestino humano e que mais da metade deles é desconhecida pela ciência. Em artigo publicado no Journal of Bacteriology, os pesquisadores disseram que o intestino contém até 500 tipos de bactérias que desempenham um papel crucial na digestão de alimentos e na saúde intestinal.

Algumas dessas bactérias possuem flagelos, que são caudas que usam para nadar em meio aos líquidos e superfícies de mucosas. Essas bactérias não causam infecções no intestino, pelo contrário, auxiliam no processo de decomposição do quimo (massa de alimento vindo do estômago). Algumas produzem vitaminas que acabam sendo absorvidas pelo intestino oferecendo uma saudável relação de mutualismo com o ser humano.

Mas essas bactérias em outro compartimento biológico, que não seja o intestino, causam sérias infecções.

A Microbiologia revela que culturas de urina e secreções vaginais para diagnósticos, na maioria dos resultados, é positiva para o crescimento de bactérias intestinais. Isso porque as mulheres têm infecções urinárias que podem se tornar corriqueiras, caso não saibam fazer bem sua higiene pessoal após defecar. Como a vagina e uretra estão muito próximas do ânus, por vezes pode ocorrer uma contaminação de restos de fezes que esbarram nos pelos púbicos, ao a mulher se higienizar de trás para frente; ou até mesmo se a roupa intima for contaminada, pode servir como fômite (instrumento de contaminação).

As infecções urinárias em mulheres, por bactérias intestinais são comuns devido a essa implicação da higiene nas mulheres; é comum também em meninas pequenas e adultos senis que não se higienizam direito. A principal vilã é uma bactéria do gênero Enterobacteriaceae (Escherichia coli), muito comum no intestino, mas que causa infecção no trato urinário e vaginal. A E. coli é uma bactéria que possui uma grande mobilidade por que é caudada, e se desloca em soluções de continuidade, muito abundantes no trato genital feminino e um pouco menos no masculino.

O mesmo ocorre em uma relação sexual por penetração anal, onde o pênis arrasta matéria fecal, que é introduzida depois na vagina da mulher, contaminando com bactérias. A higiene do pênis com água e sabonete não minimiza a contaminação; as bactérias não são removidas com água e sabão.

O material fecal é removido supostamente, mas as bactérias são microscópicas e se aderem nas dobras da pele, e só seriam removidas com solução alcoólica ou outra solução anti-séptica, para se fazer uma assepsia (eliminar totalmente as bactérias). Esse tipo de procedimento é feito nas cirurgias, ou pequenas cirurgias, e mesmo assim o processo não é perfeito e são necessários os antibióticos após a intervenção. Sendo assim o argumento de se higienizar os genitais depois da prática do sexo anal, não funciona perfeitamente.

Toda vez que se pratica sexo anal, seguido de sexo vaginal, a mulher sofre uma contaminação; e muito dos problemas ginecológicos que as mulheres sofrem são decorrentes de infecções sintomáticas ou sub-clínicas recidivas.

O homem também é prejudicado, pois se não estiver de camisinha, essas bactérias podem subir pela uretra, alcançando próstata e bexiga. A situação se agrava após a relação sexual, pois a abundancia de solução de continuidade na uretra facilita o deslocamento de bactérias caudadas como a E. coli. A camisinha, no sexo anal, só protege o homem.

Constantes infecções e agressões aos órgãos sexuais e seus anexos, podem levar até mesmo ao câncer. As mulheres sofrem com o câncer do epitélio vaginal, câncer de colo de útero e câncer no próprio útero, causado pelas constantes infecções e agressões de bactérias, fungos e vírus, levando à formação de lesões e depois ao tumor.

No homem o câncer de próstata pode estar relacionado às infecções causadas por essas bactérias, mas também por outros fatores.

Anatomicamente, o ânus não suporta a fricção do ato sexual, causa fissuras e pode comprometer o esfíncter anal, dependendo de como o sexo é praticado. Esse tipo de penetração não traz prazer à mulher, pois não existem plexos nervosos de estímulo ao prazer nesta região do intestino. O prazer vem de estímulos secundários à penetração de outras zonas erógenas.

O sexo anal é muito popular, pois desde cedo os(as) menino(as) vêem os animais abordando sexualmente as fêmeas, e aquilo lhes impressiona (como toda questão sexual) e desde cedo imaginam que o mesmo ocorre com o ser humano. O animal aborda sua fêmea sempre por trás, mas eles nunca alcançam o ânus, e sempre a vagina!

Para as crianças, essa formação tem seu valor, pois aí começa o amadurecimento sexual das crianças, em observar os animais; mas seria bom informarmos como realmente ocorre. É a ignorância que nos faz adotar costumes e práticas sexuais comprometedoras à nossa saúde.

Mas alguns homens e mulheres sentem prazer na ´posição´, ou seja, gostam também da abordagem sexual por trás; não haveria problema, se o fizesse mas alcançando a vagina. Assim posições no sexo podem ser exploradas de forma saudável.

Por vezes, o que ocorre na mente masculina é o que prejudica a saúde sexual e até mesmo o prazer feminino. O homem, às vezes, nota que com o passar dos anos, e alguns partos, a mulher perde seu tônus muscular na vagina; ele passa então a crer que o sexo anal lhe ofereceria mais prazer.

A mulher pode dispor de cirurgias para corrigir as distrofias que os partos causam, e ainda há exercícios que fortalecem os músculos que circundam a parede vaginal e podem melhorar o desempenho sexual da mulher.
Mas há situações imaginativas em que o homem apenas pensa ter maior prazer, e essas correções precisam ser feitas pelo próprio indivíduo.

O sexo anal não é uma forma saudável da prática sexual. A mulher, principalmente, é alvo de constantes infecções e problemas de câncer de útero, colo de útero etc, e o sexo anal é um dos fatores que contribuem para essas doenças.

COISAS QUE NOS ENVELHECEM


Se você deseja preservar sua aparência jovial, ter um corpo saudável e atraente terá de conhecer como seu organismo funciona e rever seus hábitos de vida.

Os fatores que acabam com a nossa saúde e alteram nosso biótipo, estão em nossa rotina como hábitos agradáveis, outros estão ligados ao nosso trabalho, nosso modo de ser e agir, modismos, hábitos alimentares e inúmeras outras coisas. A modernidade aumenta a associação a eles e a sofisticação fortalece os vínculos. Esses fatores mudam nossa fisiologia, alteram nosso biorritmo, envenenam nosso organismo e até causam doenças.

Doenças
Adoecer envelhece; desde uma simples gripe a infecções urinárias, de garganta, ouvido e dente, todas promovem o envelhecimento. Principalmente aquelas doenças que produzem febre . Os hormônios da tireóide que são responsáveis pelo metabolismo do corpo são aumentados durante uma doença ou internação hospitalar ; nossos cabelos e unhas crescem mais rápido (20% a mais), e as células e tecidos do corpo degeneram mais rápido. O tecido epitelial por ser o mais visível, é o primeiro a se observar os efeitos do envelhecimento; e assim ocorre pela aceleração metabólica, provocada por doenças constantes.

Há infecções sub-clínicas que por vezes não percebemos; são infecções que acontecem sem os sintomas clássicos da doença ou atenuados pela competência imunológica. amigdalites, vaginites, cervicites e dezenas de outras infecções podem estar minando nossa energia e envelhecendo nosso corpo.

As mulheres visivelmente envelhecem mais rápido que os homens. Isto porque a mulher passa por eventos como o parto, cirurgias, intervenções médicas etc, que são mais comuns ao sexo feminino. Mesmo as mulheres que não tem filhos, a sua própria constituição feminina (genitais, hormonal etc) conspiram contra sua beleza, através de complicações, infecções, tensões, sobrecargas de atividades etc.

A própria prática sexual (como é feita) pode conspirar contra a mulher.

Evitar uma gripe, inflamações, ou uma infecção qualquer, garante vitalidade e beleza física. Em indivíduos como as mulheres que estão constantemente expostas a situações adversas a saúde, a vigilância por se manter saudável e livre de doenças, é primordial.

Alimentação
As dietas hiper-calóricas ou alimentos com muito açúcar (sorvetes, pudins, bolos, docinhos etc) promovem o envelhecimento. As calorias excessivas oferecida às células dos vários tecidos e órgãos promovem um desgaste celular pelo metabolismo do oxigênio, e seu produto em radicais livres ; isso porque a metabolização destes tipos de alimentos, é intermediada pela Insulina (em altas taxas), resultando a produção de radicais livres e ativação de genes responsáveis por 70% das modificações genéticas da velhice.

Alimentos de origem animal não são recomendáveis para quem quer preservar sua jovialidade; a metabolização de agentes orgânicos de origem animal, produz metabólicos tóxicos ao organismo. O exemplo clássico é a carne, que depois de digerida e metabolizada, produz amônia, uréia e acido úrico , intoxicando o sangue e sobrecarregando os rins. A dieta de origem animal ainda favorece o contato com bactérias, parasitas, fungos e vírus, que são responsáveis por 35% das hospitalizações nos EUA.

Todos esses eventos estressam e sobrecarregam o organismo levando ao envelhecimento precoce.

Estresse
Há muito tempo se sabe que o estresse promove o envelhecimento, mas até agora não haviam relacionado a causa deste processo. O estresse, como a preocupação de uma mãe com dupla carga horária (trabalho e filhos), por exemplo, pode adicionar dez anos à idade biológica das células de uma mulher.

Isso porque o estresse é capaz de prejudicar partes do DNA conhecidas como telômeros, que participam no controle da divisão celular. Os telômeros são tiras de DNA na ponta final dos cromossomos, que parecem proteger e estabilizá-los. Porém, eles diminuem a cada vez que uma célula se divide, até que não sobre mais nada, fazendo as divisões celulares menos confiáveis e aumentando as probabilidades de doenças comuns em idades avançadas. Em média, a diferença do tamanho dos telômeros entre as mulheres que enfrentavam níveis altos e baixos de estresse era o de aproximadamente uma década de envelhecimento.

Inatividade
A falta de atividade em nossos dias é muito relativa; uma pessoa pode passar até 10 horas em uma rotina de trabalho, mas ser considerada sedentária, pois suas atividades se limitam a uma sala fechada, privada de ar puro, luz solar e exercício físico.

O envelhecimento pela inatividade é algo muito óbvio, pois nossos músculos perdem tônus, força e ficam mais propensos a distensões e dores. A irrigação que o sangue oferece aos vários tecidos e órgãos não é feita devidamente, e as células perdem um suprimento de oxigênio e nutrientes.

Para este perfil de pessoa (o sedentário), tão comum em nossos dias, a solução é que diariamente ou em dias intercalados faça uma rotina de exercícios físicos compensatórios. Desde a uma simples caminhada, passeios ciclísticos, natação, prática de um esporte ou ginástica em casa; essas atividades devem ser regulares e em períodos de 40 minutos no mínimo.

A atividade física expõe o individuo a outros fatores externos que irão contribuir para a saúde geral. Ao se praticar uma atividade física somos expostos ao sol, ar puro, água (que é ingerida em maior abundância) e elementos visuais (o azul do céu, o verde da vegetação) que auxiliam no descanso mental.

Hábitos
O que você faz no seu dia a dia vai afetar sua expectativa de vida. Hábitos simples e inofensivos, mas que repetidos durante 5, 10, 20 anos, irão determinar a sua expectativa de vida. Esses hábitos fazem surgir eventos como doenças, mal estar, lesões, inflamações e até a disposição para se encarar o dia-a-dia.

Essa esfera de nossa vida é tão vasta atingindo desde nossos hábitos de postura (sentar) até nossos hábitos mais íntimos (higiene e sexuais). Eles estão ligados a cada movimento, atitude e pensamento; cada pessoa deve analisar os seus hábitos diários e verificar se estão causando algum problema.

O exemplo clássico é o hábito da postura, seja enquanto nos sentamos, ficamos de pé ou caminhamos.

A má postura determina até a conformação de nossos órgãos internos e seu desempenho fisiológico; doenças por má postura são conhecidas e mais ainda as dores que elas causam. Uma pessoa que possui problemas em sua coluna, causada pela má postura, terá uma qualidade de vida inferior causada pelas constantes dores e a impossibilidade de realizar certos movimentos e atividades.

Uma famosa doença (síndrome) da modernidade é a LER. A Lesão por Esforço Repetitivo é comum no ambiente de trabalho, onde a repetição mecânica faz parte da rotina diária. Ela causa lesões nas mais diferentes partes do corpo – membros, tendões e articulações. São os hábitos de trabalho e como as atividades são conduzidas que determinam as lesões. Atualmente as empresas estão inserindo nas rotinas de trabalho, o hábito de exercícios de alongamento, aquecimento e fortalecimento, para evitar as lesões. Outras empresas estão premiando os funcionários que possuem o hábito de praticar os exercícios físicos, pois estes estão mais preparados para enfrentar uma rotina de trabalho.

Não podemos falar de hábitos sem mencionar a higiene. Uma simples escovação dos dentes pode ajudar a você não ter complicações cardíacas. Pessoas que não possuem o hábito de escovar os dentes desenvolvem placas bacterianas que causam lesões na gengiva, e posterior sangramento, facilitando o acesso destes microorganismos na circulação sanguínea e instalação no tecido cardíaco com a evolução de endocardites.

São muitos os maus hábitos que precisam ser corrigidos. Dirigir em alta velocidade ou de forma agressiva no trânsito, comer em frente à TV; sentar-se à mesa para uma refeição em meio a discussões; praticar esporte radical, todos esses hábitos desencadearão a produção substâncias adrenérgicas, que também envelhecem o organismo.

Disposição Mental
A ansiedade e a depressão são consideradas as doenças da pós-modernidade.
Há muitos fatores que determinam o aparecimento desses dois sintomas e a formação de quadros clínicos complexos e até síndromes. Mas muitas vezes a ansiedade e a depressão estão associadas a coisas banais, como a não satisfação de desejos materialistas. Muitas pessoas estão ansiosas ou deprimidas hoje em dia porque não possuem algumas bugigangas eletrônicas, bens materiais ou até mesmo mais dinheiro; a depressão aparece porque não se consegue um status determinado, ou seguir um padrão social idealizado.

Pessoas com essas tendências refletem no rosto as marcas da ansiedade ou da depressão. A pele se torna menos irrigada e o tecido recebe poucos nutrientes para uma aparência saudável; os músculos ficam flácidos, riscando a pele com sulcos graves e profundos.

Por outro lado o sorriso aumenta a irrigação dos tecidos musculares e epiteliais (pele) do rosto promovendo a rigidez e a aparência saudável. Uma pele que constantemente sofre os efeitos de um sorriso ou de uma gargalhada, irá estar firme e corada.

A inércia do rosto é uma realidade em nossos dias, pois a ansiedade e a depressão nos isolam das pessoas e situações agradáveis; sulcos e dobras de pele vão surgindo pela inércia dos tecidos da pele e músculos, por não serem exercitados ou se manterem tensos e repletos de substâncias adrenérgicas tóxicas.

Muitas pessoas ao se sentirem estressadas ingerem o álcool para esquecerem os problemas; os que são propensos à depressão gostam de ingerir doce para estimular o sistema compensatório do cérebro (que é um mecanismo não natural). O álcool e os doces são fatores que aceleram o envelhecimento do organismo.

Enfim, são inúmeras as situações, algumas corriqueiras outras mais complexas, mas que devemos estar cientes, para evitar a perda de bens preciosos que são a saúde e a beleza.

È aqui que reside o sucesso de estarmos lutando contra nossas tendências naturais ao estresse que nos envelhece e tira a beleza física; há muitas situações em que precisamos gerenciar nossos pensamentos, palavras e ações para que a ira, raiva, ressentimentos, não tenham lugar em nossa mente. Quando essas emoções aparecem, drogas adrenérgicas já foram despejadas no sangue e no cérebro, intoxicando nosso organismo enrijecendo músculos, sulcando a pele do rosto e envenenando as células do epitélio.

Existem inúmeras situações que podem ser provocadas para nos livrarmos do estresse e da depressão, e que irão nos fazer pessoas não só mais felizes, mas principalmente menos propensas ao envelhecimento.

Dedicar tempo para a sua esfera espiritual, exercer a meditação através de textos que inspirem confiança, esperança e fé, são elementos que devem existir em nossa rotina. O convívio, participação espiritual e a auto-ajuda que a religião oferece, são muito positivas neste esforço de uma postura e estilo de vida saudáveis para a mente e o corpo.

Por fim, decida-se não se aborrecer e manter-se livre da depressão e da ansiedade. Não é fácil, pois muitas das situações têm de ser confrontadas para que algumas coisas sejam resolvidas, se concluam negociações, relações sejam mantidas e para o andamento das coisas. Mas sempre haverá um meio de enfrentar tais situações com calma e bom humor.

Seja feliz, viva com mais saúde, beleza e uma aparência jovial e agradável.

Bibliografia:
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Dangelo e Fattini, Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar, São Paulo: Editora Atheneu, 2001, p. 02.
Braunwald, E.; Tratado de Medicina Cardiovascular, São Paulo: Editora Roca Ltda, 1987, p.1111.

LOW CARB OU LOW FAT? (pouca gordura ou pouco carbohidrato)


Essas são as duas dietas alimentares mais famosas de todos os tempos; a Low Fat, que restringe a Gordura animal e a Low Carb que restringe os Carbohidratos.

A dieta de restrição de Gordura de origem animal, foi muita famosa no final da década de 80 e início de 90. Consiste na redução da ingestão da carne, e outros produtos de origem animal como manteiga, queijo e até o leite. Surgiu a partir da descoberta do grande vilão do coração e artérias – o colesterol.

Daí surgiu um modismo alimentar, os alimentos com baixo teor de colesterol, ou livres de gordura. Foi então que surgiram os produtos denominados ´Light´ e ´Diet´; alguns indicando baixo teor de gordura ou colesterol. Deste modismo alimentar, surgiram o iogurte, leite e até a margarina diet.

Essa dieta alimentar partia do princípio de que os alimentos de origem animal eram ricos em gorduras, aumentando os níveis de colesterol e triglicérides no sangue humano. Esses dois fatores eram determinantes em doenças cardíacas, Infartos (IAM), Aterosclerose e Derrames Cerebrais (AVC).

A simples redução da ingestão de carne e derivados, e outros alimentos de origem animal, reduz os níveis de colesterol e triglicérides, e tornou-se um imperativo não só entre as dietas dos Nutricionistas, mas também nas orientações Médicas.
Todo adulto acima de 40 anos, sabe que deve dosar seu colesterol e triglicérides, e que não pode abusar dos alimentos ricos em gordura, e assim uma mentalidade nutricional foi gerada, para benefício não só do coração, mas para uma qualidade de vida maior.

A Novíssima Low Carb
A dieta de restrição de Carbohidratos e Açucares é divulgada desde os anos 70, mas foi no final da década de 90 que ela ganhou força, pois com o crescente conhecimento da Bioquímica, chegou-se à conclusão que não só a restrição de gordura animal resolvia os níveis de gordura no sangue. Estudos acabaram concluindo que também o carbohidrato é transformado em gordura, e podia aumentar os níveis de triglicérides.

A dieta de restrição de alimentos de origem animal, reduz os níveis de colesterol, mas não era eficaz na redução de peso e gordura localizada, devido a grande ingestão de carbohidratos, que eram armazenados em forma de gordura corpórea. Aos poucos se foi percebendo que o colesterol, não era o único vilão, mas tínhamos um ´trio´ de vilões compostos pelas gorduras, carbohidratos e açúcares.

A Dieta Low Carb, ou de pouco carbohidrato, permite o uso abundante de carne e produtos de origem animal, seguindo o raciocínio de que estas gorduras serão queimadas no lugar do carbohidrato que está ausente.

Surgiu então outro modismo alimentar, que são os alimentos com baixa ou nenhuma taxa de carbohidrato. São alimentos que não possuem a farinha ou açúcar, e são compostos basicamente por proteínas ou gordura animal. Alguns dos famosos ´Hambúrgueres´, já podem ser encontrados sem as fatias do pão (você consegue imaginá-lo assim ?). Mas esse é o modismo atual, que apresenta as carnes na sua mais pura forma, e elimina os amidos e derivados de farinhas.

Os resultados de ambas as dietas
As duas dietas apresentam vantagens. A Low Fat, é reconhecidamente benéfica ao coração determinando queda nas taxas de colesterol e triglicérides, desde que feita com rigor e associada a exercícios físicos. Os resultados não são melhores porque as pessoas ao se privarem dos alimentos de origem animal, abusam dos carbohidratos e açúcares; ou seja, não temos um bife no almoço, mas teremos lasanha, maionese e sobremesa ! E assim os triglicérides, continuam aumentados, pela bio-transformação dos carbohidratos, que acabam estocados em locais indesejados, como barriga, quadris e coxas, aparecendo as estrias e dobras da pele ! Será que nenhuma dieta é perfeita ?

É assim que a Low Carb se apresenta – perfeita. Ela realmente queima as gorduras localizadas e processa a gordura endógena, reduzindo não só taxas, mas medidas do corpo. Ela segue o princípio de restrição calórica com o corte da fonte de carboidratos e açúcares, alimentos que desencadeiam a produção de insulina.

Combinação dos princípios
Como já dissemos, ambas as dietas tem vantagens. Mas se quisermos aproveitar o melhor das duas, teremos de combinar os princípios que regem as duas dietas.

Se combinarmos a restrição de gorduras animais da Low Fat, e a restrição de Carbohidratos da Low Carb, teremos um efeito melhor para nossa saúde.

A gordura e os carbohidratos em excesso nas dietas alimentares, só geram problemas para nosso organismo, seja no aumento das taxas sanguíneas, ou do peso corporal. Não adianta restringir um e liberar o outro; a melhor fórmula é a restrição de ambos, com a substituição destes por equivalentes com valor nutricional superior.

Há um fator ainda, que limita as dietas de restrição – a própria restrição ! As gorduras animais e os carbohidratos não podem ser excluídos totalmente sem vir prejuízos para a saúde.

A manutenção de determinados alimentos de origem animal na dieta, pode ajudar no equilíbrio; o mesmo acontece com a escolha de carbohidratos de reconhecido valor nutricional.

O Vegetarianismo
Se notarmos bem, o Vegetarianismo segue esses princípios há bem mais tempo que essas duas dietas alimentares. Não é um modismo de um século de descobertas científicas, mas uma dieta que é relatada na história da humanidade, nos escritos mais antigos já encontrados. Antigas civilizações, como os Hebreus e Judeus, já usavam recursos do vegetarianismo. Mas os relatos históricos mais antigos, indicam que a dieta original dos primeiros humanos, era exclusivamente vegetariana.
A restrição de alimentos de origem animal (Low Fat) é a base da dieta vegetariana; e a substituição dos carbohidratos (Low Carb) pelos vegetais é o seu princípio.
Essas atuais dietas, só aproximam o conhecimento milenar que o Vegetarianismo já trazia na área nutricional e alimentar. O que hoje a ciência revela como sendo benéfico ao coração, os vegetarianos já usufruem há milênios; o mesmo acontece com o que recentemente se descobriu sobre as restrições calóricas, através da substituição dos carbohidratos.

Equilíbrio Natural
A manutenção dos derivados do leite e ovos garante o equilíbrio perfeito no Vegetarianismo, garantido as proteínas e vitaminas necessárias.
O abundante uso de frutas, legumes e verduras, proporcionam uma restrição de carbohidratos como na dieta Low Carb, sem perda da qualidade apetecível das refeições, com a grande vantagem de se ter uma variedade nutricional rica em fibras, vitaminas e fatores anticancerígenos. Já a carne favorece o câncer em todo o sistema digestivo.

O uso exclusivo de carne, também traz complicações hepáticas (fígado); é notório que o uso da carne aumenta os níveis de Acido Úrico, Uréia e Creatinina no sangue. Essas três substâncias fazem parte dos produtos tóxicos (amônia) do metabolismo das proteínas, e que se permanecerem altas ou constantes por muito tempo, podem comprometer o fígado e desenvolver patologias renais e nas articulações. Pessoas com problemas nas taxas destas substancias (Acido Úrico, Uréia e Creatinina) não devem seguir a dieta Low Carb, e correm risco de terem sérias complicações.

Os carbohidratos podem ser restringidos pelo vegetarianismo de forma saudável e sem os riscos de aumento das taxas de produtos tóxicos para o organismo. As frutas e cereais possuem açúcares e carbohidratos em taxas perfeitas para nossas necessidades. As oligo-composições destes elementos, nos produtos naturais, são projetados de forma inteligente e ideal para o organismo humano.


Princípios da dieta Vegetariana
1. Inclusão de proteínas vegetais, através de grãos e cereais integrais, nozes e amêndoas – reduzindo o colesterol e triglicérides.
2. O uso abundante de frutas, verduras e legumes – em substituição ao alto consumo de carboidratos (massas, farinhas e açúcares), diminuindo as calorias e os depósitos de gordura.
3. Refeições simples, com abundância de alimentos na forma natural ou crua – garantindo menos exposição aos produtos tóxicos do próprio metabolismo humano (radicais livres, amônia, etc) e produtos tóxicos industrializados (conservantes, corantes, estabilizantes, etc)
4. Variedade alimentar de frutas, legumes, verduras, cereais e grãos integrais – para enriquecimento nutricional das várias fontes de vitaminas, enzimas naturais, fatores anticancerígenos, propriedades funcionais, fibras, etc.
5. Complemento alimentar de origem animal de reconhecido valor nutricional – ovo e leite com seus derivados naturais (iogurte, queijo, coalhadas etc.)
6. Uso de elementos naturais na dieta alimentar: água em abundância, sucos de frutas, mel, chás de ervas, etc.

INSULINA - VOCÊ TAMBEM PRECISA CUIDAR DA SUA...


Os Diabéticos não são os únicos que tem de controlar o nível de Insulina; eles fazem isso através de injeções e dietas para diminuir ou aumentar os níveis de Glicose no sangue. Eles monitoram os níveis do açúcar no sangue porque sofreram uma disfunção da Insulina, devido uma perda funcional das células do pâncreas que produz esse hormônio.

A Insulina é o hormônio que se encarrega de promover o armazenamento de gordura no tecido adiposo (regiões de acúmulo de gordura). Toda vez que uma grande quantidade de caloria é ingerida, seja por carboidratos ou gordura, é a Insulina que irá transportar o produto final, a glicose, para as células musculares e a gordura para as adiposas; esses dois tecidos compõem 65% do peso corporal.

Por que pessoas saudáveis deveriam controlar a sua Insulina?
O tipo de controle de que falamos não é monitorar as taxas do hormônio no sangue, ou através da administração de medicamentos... mas controlar o seu estímulo através da dieta. A Insulina possui vários efeitos no organismo e está envolvida em vários processos fisiológicos. Hoje sabemos que a Insulina é um dos hormônios que intermedia as reações de estresse e é um dos fatores que determinam a obesidade.

Estimular a produção de Insulina através da ingestão indiscriminada de calorias na forma de açúcar e carboidratos é expor o organismo a um fator que somado as condições de sedentarismo e preocupações do dia a dia, determinarão a obesidade ou o estresse.

Naturalmente estimulada a insulina tem o seu papel fisiológico no organismo, mas se estimulada com uma dieta calórica e acompanhada desses fatores, ela se torna nociva e pode determinar o surgimento da própria Diabetes.

O processo da Patologia Diabetes
A Diabetes, algumas vezes, resulta da ingestão excessiva de doces e de outros carbohidratos; e esse é um dos fatores que levam a ´explosão´ das células beta das ilhotas de Langerhans (células do pâncreas que produzem a Insulina); super estimuladas pela dieta muito calórica, as células passam a produzir o hormônio em quantidades descontroladas, até romperem suas membranas e perderem suas funções.

Por via de regra, a Diabetes é uma doença hereditária; devido ao caráter genético recessivo que existe em 20% da população. Mas são os hábitos alimentares que conduzem a manifestação da doença.

O Diabetes tipo II ocorre em pessoas mais idosas, obesos e sedentários. A ingestão constante de uma dieta calórica e a inatividade, levam o organismo a um esgotamento das funções metabólicas e também determina o surgimento da doença.

O processo da Patologia da Obesidade
A OMS recentemente resolveu intervir no assunto de obesidade. Mais de 30% dos americanos pesam mais do que o recomendado e outros 30% são obesos. Com isso, eles têm maior probabilidade de sofrer de problemas cardíacos, diabetes e várias outras doenças crônicas. A OMS pediu aos governos que forçassem a indústria alimentícia a reduzir a quantidade de açúcar e gordura adicionada a seus produtos.

Estimulada pela dieta calórica a Insulina promove um grande aumento no transporte de gordura para as células adiposas. A glicose em excesso no sangue é metabolizada no fígado e estocada como gordura nas células do tecido adiposo.

O acúmulo de gordura mais indesejado de mulheres (os ´pneus´- dobras de pele cheias de tecido adiposo; as estrias e celulites) são resultado da ação direta da Insulina para acumular as calorias ingeridas.

A obesidade leve pode ser facilmente controlada através de uma reeducação alimentar, mas a obesidade de origem metabólica ou hormonal, devem ser tratadas com mais recursos e exigem mais paciência e tempo do paciente.

O processo da Patologia do Estresse
A Insulina é um fator secundário ao mecanismo do estresse, mas é determinante para o seu desenvolvimento. Junto com outros hormônios como Adrenalina, Cortisol e ACTH, a Insulina compõem o coquetel que irá manifestar as reações indesejadas do estresse: ansiedade, irritação, apreensão, nervosismo, insegurança, tensão e exaustão.

A Insulina será estimulada pelo mecanismo adrenérgico, para fornecer glicose (energia) ao complexo mecanismo fisiológico do estresse, que altera os órgãos vitais com um aumento generalizado de batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração pulmonar e atividade cerebral.

A demanda de energia exigida é suprida através da ação da Insulina, para uma situação de ´inércia´ do corpo, mas estimulada pelos mecanismo do estresse; o resultado é um grande quantidade de glicose intoxicando células, tecidos e órgãos, com o mesmo efeito de uma crise de Diabetes não controlada.

Associada a uma dieta alimentar calórica, ausência de exercício físico e sono irregular, o estímulo da Insulina fecha circuito fisiológico do estresse e mimetiza alguns efeitos da Diabetes.

O elemento comum em todas as situações
O excesso de caloria ou de produção de Glicose é o elemento comum para o estímulo da Insulina em seus resultados adversos. Uma dieta que é muito calórica é o fator desencadeante comum nas situações patológicas que discutimos. Quanto mais caloria, mais Insulina, mais acúmulos de gordura, mais ganho de peso e obesidade, mais condições para o estresse, mais sobrecarga sobre as células do pâncreas, mais chances de se manifestar o Diabetes.

Quando não associada a patologias, o estímulo em excesso da Insulina, se manifesta em efeitos estéticos indesejados que podem ir além do acúmulo de gordura e perda de silhueta e para o envelhecimento precoce. Alimentos hiper-calóricos aceleraram o metabolismo celular e conseqüentemente diminuem o tempo de vida da unidade celular e dos tecidos (pele, epiderme, adiposo etc.)

Uma Dieta não estimulante
Obviamente a Insulina possui sua função fisiológica, mas o abuso no estímulo certamente conduz a patologias sérias. Torna-se necessário uma dieta que não sobrecarregue ou super-estimule a ação do hormônio.

Erroneamente pensamos que teremos de cortar todas as fontes de carbohidratos e açúcares, e caímos em outro extremo de restringir demais as calorias sofrendo com os efeitos que se manifestam através de mau humor, irritabilidade, depressão, sensação de frio etc.

Mas a dieta com restrição calórica, tem seus benefícios e não deve ser com restrição completa dos carboidratos e açúcares; esses elementos são essenciais na dieta de qualquer pessoa, e devem ser avaliadas por um especialista (nutricionista).
O princípio básico é substituir as formas puras dos carboidratos e açúcares, pelos carboidratos de origem integral e açúcares das frutas.

As frutas possuem quantidades ideais de açúcares e um volume de massa satisfatório para saciar a sensação de fome produzida pelo taxa sanguínea de glicose e esvaziamento gástrico. Frutas em abundancia somente favorecem o mecanismo de saciedade e do suprimento de energia que o corpo exige.

A DROGA NOSSA DE CADA DIA


Levantar-se de manhã e ter uma bebida quente para ingerir, é um hábito saudável. Provavelmente terá passado de 8 a 12 horas que você se alimentou, e seu estômago esteve durante esse período ´em jejum´, e esse órgão digestivo merece uma bebida quente preparando-o para a digestão.

A bebida quente mais famosa em todo mundo certamente é o café. Aqui no Brasil é conhecido como cafezinho, e seu parceiro inseparável, o leite, lhe dá o codinome de ´pingado´; a maioria dos brasileiros se limita a essa bebida pela manhã, junto com o pãozinho francês, e assim está feita a refeição da manhã.

A descoberta do café
Ele foi descoberto indiretamente na Etiópia, através de um pastor de cabras. Ao pastorear seu rebanho perto de arbustos de uma planta nativa, o etíope notou alteração no comportamento de seus animais que se alimentava das folhas deste arbusto. Percebeu que as cabras não exigiam tantas paradas quando se alimentavam daquelas folhas, e que andavam mais rapidamente sem cansaço aparente.

Comentando esse fato com um monge islâmico, o interesse pelas propriedades da planta foi despertado, e logo as experiências com as folhas e frutos do arbusto foram exploradas. Logo os monges descobriram um meio de aplicar os frutos de tal forma que fosse usado como bebida, e esta se tornou popular nos monastérios da região, sendo posteriormente evidenciada a cultura do arbusto em monastérios na Ásia no ano de 575 DC.

Uma bebida estimulante
Hoje se sabe que o efeito estimulante do café é feito por metilxantinas que estão presente nas folhas e frutos do arbusto, sendo a cafeína a substância mais famosa . Seus efeitos estimulantes são tão populares que ela passou a fazer parte da composição de outras bebidas como os refrigerantes; mas também está naturalmente nas folhas de chás (mate, preto e chimarrão), castanha do cacau (chocolate) e nos frutos do guaraná .

As propagandas de café tem explorado o seu efeito estimulante e sugerido que é uma boa opção antes de se ir para a cama com o parceiro(a). Apesar do estímulo que o café oferece, especialistas em fertilidade afirmam categoricamente que o café (e chocolates, guaraná, chá mate e chimarrão) deve ser banido da dieta de quem procura ter filhos. A bebida diminui a fertilidade e dificulta o ato de concepção.

O estímulo que o café oferece para a relação sexual pode também estar comprometendo o relaxamento que naturalmente se consegue depois do sexo . Como estimulante do sistema nervoso central , a cafeína pode suplantar o efeito relaxante produzido após o ato sexual, oferecido pelo orgasmo. O sono também pode ser retardado após a ingestão da bebida, devido aos efeitos estimulantes da bebida.

Alem dos efeitos negativos sobre a fertilidade e o aparecimento da insônia, surgem a irritabilidade, nervosismo ou ansiedade, e um grau de dependência, da qual os sintomas mais comuns da síndrome de abstinência são cefaléia (dor de cabeça), cansaço e dificuldade em fixar a atenção. Certamente a metil-xantina (cafeína) opera contras as substâncias endógenas naturais que o próprio organismo oferece para relaxar o corpo.

Argumentos em favor do café
Novos argumentos estão surgindo em favor do uso do café. A cafeína, porém já é classificada como droga nos anais farmacêuticos , e já faz parte de medicamentos modernos para melhorar o desempenho destes e antagonizar efeitos indesejados, por exemplo, a sonolência que alguns deles causam nos consumidores. Há vários medicamentos farmacêuticos em que a cafeína faz parte de sua composição , como droga coadjuvante, para antagonizar efeitos colaterais, induzindo o estado de alerta.

Portanto os argumentos para justificar o uso do café têm sido elaborados, mas a boa prática medicamentosa revela que estamos convivendo com o mais popular veículo de uma droga do planeta . Assim como a cerveja e as outras bebidas alcoólicas servem para veicular o etanol, o café é o veículo popular da cafeína.

Mal de Parkinson
O café já possui estudos como sendo uma bebida que desfavorece a progressão do mal de Parkinson. Mas até hoje não se sabe se uso do café em seu livre consumo como bebida atende devidamente as dosagens terapêuticas que a doença exige. Veicular que o café pode ser tomado em casa, para pacientes portadores do mal de Parkinson, é no mínimo irresponsável.

Se o café deve ser usado como medicamento, e seus efeitos terapêuticos devem ser explorados no mal de Parkinson, cabe aos trabalhos científicos de pesquisadores descobrirem e validar o uso da cafeína.

Cabe porem ao consumidor avaliar toda essa problemática, e concluir se a bebida matinal, não é na realidade o medicamento matinal, e que diante das evidências atuais não seria melhor deixar o hábito de tomar café, e aposentar a bebida nas prateleiras dos mercados e drogarias.

A cura da dor de cabeça
A cafeína realmente pode curar a dor de cabeça; mas somente nas situações onde a pessoa que já usa o café sente as dores depois da abstinência da bebida; é a dependência da cafeína faz aparecer os sintomas de irritabilidade, cefaléia e tremores. Se ingerir o café, certamente esses sintomas irão desaparecer.

Melhora a atenção
Há reportagens que já veicularam a informação de escolas estarem oferecendo cafezinho para as crianças em sala de aula, para melhorarem atenção. E realmente um dos efeitos do café é melhorar o estado de alerta das pessoas, pelo estimulo que a cafeína faz no sistema nervoso central.

Mas a origem da desatenção nas salas de aula, não pode ser combatida com um elemento estimulante, mas sim com a correção de hábitos. Muitas vezes uma criança esta ficando mais tarde na frente da TV e chega sonolenta para as aulas; seria o mais correto coloca-la para dormir mais cedo. Assim seu organismo naturalmente se adapta e vai lhe devolver a atenção em sala de aula. Estados patológicos devem ser avaliados separadamente, e se o médico receitar medicamentos com cafeína, será uma decisão terapêutica. Porem o uso diário e constante em sala de aula pode favorecer estimulo para drogas mais fortes...

Melhor desempenho físico
O uso do café realmente melhora o desempenho físico, sendo usado até mesmo por atletas antes de competições. Os exames anti-doping proíbem a cafeína mas as doses limites são bem superiores ao que uma ou duas xícaras de café possam oferecer.
Porém, qualquer substância que venha a estimular de forma induzida um melhor rendimento físico, estará fazendo o organismo trabalhar acima de suas capacidades naturais.

A cafeína atua sobre o cansaço físico do usuário . Esse sinal que a cafeína irá retardar tornará o exercício intenso levando a um aumento do ácido lático no músculo e posteriormente no sangue ; enganar o organismo com um cafezinho, é intoxicar músculos e sobrepor-lhes uma carga que poderá prejudicar seu desempenho futuro. Potencializar a atividade muscular ignorando a fisiologia natural de nosso organismo é desfavorecer os mecanismos que próprio corpo estabelece para uma auto preservação.

Ignorando os próprios sinais que o organismo oferece, as lesões musculares poderão ser mais freqüentes, por extrapolarem o Limiar Anaeróbico (LA) , ou seja os níveis de remoção do lactato e a velocidade com que isso é feita no organismo.

Tomar café ajuda a emagrecer
O efeito estimulante da bebida irá melhorar o desempenho dos exercícios físicos e consequentemente favorecer uma maior queima de calorias; mas ingerir o café e esperar que ele atue como emagrecedor, é pura ilusão.

O que tem sido veiculado nesse sentido é que aquelas pessoas que praticam um esporte para emagrecer (bicicletas ergométricas, ginástica etc) terão seu desempenho aumentado, e as calorias correspondentes queimadas.

Mas é bom lembrar que o estresse muscular causado pelo estimulo em excesso poderá levar a efeitos indesejados na própria estética da pessoa. Assumir os excessos desse estímulo representa uma maior fadiga, mais desgaste físico e menos disposição depois do efeito da bebida.

Uma sessão de exercícios físicos é benéfica a qualquer pessoa; substâncias são produzidas em nosso corpo que irão determinar um melhor repouso, mais bom humor e mais disposição física. O uso de estimulantes irá determinar uma contraposição aos efeitos naturais do organismo.

Como a bebida tem o efeito estimulante, o metabolismo é levado a uma aceleração acima do normal, podendo trazer prejuízos a tecidos como as células epiteliais (pele); aqueles que preservam sua boa aparência podem estar ganhando tônus muscular com essa tática, mas perdendo a aparência jovial, pelos excessos assumidos. O Ácido Lático quando produzido em situações de fadiga persistente, pode extravasar do músculo para outros tecidos.

As contra indicações
Como qualquer outra droga a cafeína tem suas contra indicações.
Em um estudo recente o café foi colocado como fator de risco para a gravidez . Os médicos chegaram a afirmar que o uso da bebida pode provocar o aborto espontâneo.

A combinação do café com o cigarro potencializa os efeitos nocivos dos dois vícios ao coração; o fumo e a cafeína agem de forma combinada, danificando as artérias e o fluxo sangüíneo. A ação conjunta se revelou pior do que a soma dos efeitos de cada substância tomada isoladamente.

Como substituir o café?
Como dissemos beber algo quente pela manhã é saudável, e o hábito deve ser preservado. As alternativas são os chás naturais que não possuem a cafeína (cidreira, erva-doce, de laranja, de maçã etc); há ainda a opção de outras bebidas de grãos torrados, como a cevada e milho.

O café descafeinado tem sido muito popular mas estudos recentes afirmam que a cafeína é reduzida em seu teor, mas não totalmente eliminada.

As bebidas à base do leite são uma boa opção, mas é bom lembrar que a adição dos achocolatados levam a cafeína também em sua composição.

Os caldos de ervas e legumes não são comuns em nosso país, mas podem ser explorados como uma bebida para os dias frios.



Níveis de cafeína por volume
Café Expresso (2 xícaras) 250 a 330 mg
Café descafeinado 1 - 5 mg
Café preparado por decantação 40 - 170 mg
Café preparado por gotejamento 60 - 180 mg
Café solúvel 30 - 120 mg
Chá preparado 20 - 110 mg
Chá instantâneo 25 - 50 mg
Chocolate 2 - 20 mg
Coca Cola 45 mg
Diet Coke 45 mg
Pepsi Cola 40 mg
Refrigerantes diversos 2 - 20 mg
Medicamentos analgésicos 30 - 200 mg
Remédios para resfriados 30 - 100 mg