EPIDEMIA – O MAL DO SÉCULO 21


A história relata muitas epidemias, principalmente na idade média e a mais conhecida é a peste negra em 1347, causada pela bactéria Yersínia pestis, que matou um terço da população da Europa. Em nosso século recente e nas duas últimas décadas do último século as epidemias são uma triste e permanente convivência. Em momento algum da história humana o planeta conviveu com mais de uma epidemia ou pandemia como temos presenciado na atualidade.

Um dos sinais deixados por Jesus em seu clássico sermão profético no evangelho de Lucas estão as epidemias – “haverá grandes terremotos, epidemias e fomes em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu” Lc 21:11 RA.

A exemplo do fator deixado por Jesus na versão do sermão profético em Mateus, os sinais alistados estariam se tornando mais freqüentes em períodos de tempo mais curtos como “princípio das dores” Mt 24:8. Este fator fazia referência às dores de parto de uma gestante que se tornam cada vez mais freqüentes em períodos de tempo menores. Paulo usa a figura profética afirmando “como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” 1 Ts 5:3 .Assim as epidemias são mais freqüentes em nosso século e com intervalos menores entre elas; sendo algumas até permanentes por décadas.

De todas as doenças infecciosas humanas que emergiram dentro da recente história, a AIDS é um das mais devastadoras. Com mais de 65 milhões de pessoas infetadas e mais de 25 milhões de mortes, o vírus de imunodeficiência humano tipo 1 (HIV-1) representa uma das maiores ameaças de saúde pública sérias do 21º século. Há três variantes principais de HIV-1, que se agrupa em M, N, e O, que é o resultado de transmissão de espécies-cruzadas independentes de vírus de imunodeficiência de símio (SIVcpz / SIVgor) que naturalmente infecta chimpanzés (Pan troglodytes troglodytes) e gorilas (Gorilla gorilla gorilla) no oeste central da África. (...)

O Grupo M é a causa da maioria vasta de HIV-1 das infecções mundial e a fonte da pandemia de AIDS. Em contraste, grupo N e infecções de O responde por uma fração muito menor de casos de AIDS e é restringido para África central ocidental. (Takehisa, J., Generation of Infectious Molecular Clones of Simian Immunodeficiency Virus from Fecal Consensus Sequences of Wild Chimpanzees, Journal Of Virology, July 2007, v. 81, no. 14, p. 7463–7475.)

A SARS foi a primeira grande epidemia do século 21, exigindo atenção da saúde pública e das redes de vigilância sanitária. Na última assembléia geral da OMS em 2003, o ano do ápice da infecção na Ásia, foi discutida a possibilidade de novas doenças tão perigosas como a SARS virem a atingir a população. É uma doença causada por um vírus da família dos coronavírus, e causa uma pneumonia atípica.

O novo tipo de coronavírus teria "saltado" de animais para humanos na província chinesa de Guangdong. No início da epidemia, em 2003, o vírus já havia matado 200 pessoas, e os casos diagnosticados, somente na China, já ultrapassavam a 4 mil; no final do mesmo ano a totalização foram 770 mortes em todo o mundo. A teoria mais aceita seria que um animal silvestre muito consumido na China, o Gato de Argália, ou almiscareiro, seria o reservatório natural do coronavírus.

As evidências históricas sugerem que pandemias de Gripe ocorrem três a quatro vezes por século. No último século ocorreram três pandemias de influenza ("Gripe Espanhola "em 1918-19; "Gripe Asiática" em 1957-58 e a "Gripe de Hong Kong" em 1968-69), sendo que o intervalo entre elas foi de 11 a 44 anos. (STAMBOULIAN, 2000). O pior cenário, o da Gripe Espanhola de 1918-19, provocou em torno de 20 a 40 milhões de óbitos no mundo.

Em todas as últimas três pandemias, identificou-se um aumento da taxa de mortalidade entre pessoas com menos de 60 anos de idade; em 1918-19, a maior taxa de mortalidade ocorreu em adultos na faixa etária de 20 a 40 anos de idade (Canadian Plan, 2004).

As três epidemias são caracterizadas pela ingestão da carne contaminada de animais listados como imundos em Levítico 11.

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