DIAGNÓSTICOS DE DEPRESSÃO


Uma pesquisa publicada no British Medical Journal, pelo professor Gordon Parker indica que a depressão não esta sendo diagnosticada devidamente. “A pesquisa afirma que a definição de depressão é difusa e acaba levando médicos a tratarem estados emocionais normais como doença”.

“Cerca de um em cada cinco adultos é diagnosticado com depressão em, algum momento da vida. Em países como a Grã-Bretanha, os custos com a perda de produtividade e tratamento da doença é estimado em bilhões de dólares.” Mas os pior resultado é a dependência química que estas pessoas adquirem ao usar medicamentos controlados para estabilizar estados emocionais normais, e que foram diagnosticados como depressão. O uso de anti-depressivos tem aumentado muito, e como tornam os pacientes dependentes, esse uso se prolonga por anos.

Em outro estudo, o médico noruegues Ivor Aursennes, liderou uma pesquisa, que foi publicada na revista médica “Biomed Central”. Suas conclusões foram que “pacientes e médicos deveriam ser alertados que o aumento da atividade suicida observado em crianças e adolescentes consumindo certos medicamentos antidepressivos, e que pode estar presentes em adultos também”.

Outros pesquisadores canadenses se concentraram em um grupo de medicamentos que inclui o Prozac e o Seroxat; o prozac é um dos medicamentos anti-depresivos mais usados no mundo. “O estudo, publicado na revista científica Archives of Internal Medicine, afirmou que o uso destes antidepressivos está ligado a um maior número de quedas e a uma redução da densidade óssea”.

É muito comum idosos usarem regularmente esse tipo de medicamento, pois a serotonina - cujos níveis são mantidos por este grupo de antidepressivos - é um elemento químico que tem um papel muito importante no humor. Com o passar das décadas, atividades físicas e exposição ao sol e ar puro, que produzem a serotonina, são negligenciadas por idosos ou até mesmo impossibilitados por limitações físicas, e o medicamento acaba sendo um mecanismo de recaptação do hormônio do bem estar.

“Aqui está mais prova de que medicamentos psiquiátricos podem ter custos significantes para aqueles que consomem estes remédios”, afirmou Sophie Corlett, da organização de caridade britânica que lida com problemas psiquiátricos Mind”.

É imprescindível que o hábito de vida das pessoas que são diagnosticadas com depressão passe por mudanças. A inclusão de alguns elementos como caminhar, se expor ao sol e ar puro pode favorecer esses estados depressivos que não são necessariamente a manifestação da doença.

Outro estudo, que foi “publicado na revista Journal of Neuroscience, os pesquisadores da Universidade Franklin Rosalind, nos Estados Unidos, verificaram uma importante pista de como pode se desenvolver os episódios de depressão. Eles observaram que um único episódio de estresse extremo pode ser o suficiente para destruir novas células nervosas no cérebro, e acreditam que a perda dessas células possa ser uma das causas da depressão”.

O estresse é um mecanismo natural do corpo humano, mas que se repetido com freqüência desencadeia um quadro debilitante para o organismo humano e de perdas para sua fisiologia.

“Os cientistas descobriram que o estresse afeta as células do hipocampo, a área do cérebro responsável pelo aprendizado, memória e emoção.O hipocampo é uma das regiões cerebrais que continua a desenvolver células nervosas durante a vida. O estresse não impediu a produção de novas células, como acreditavam alguns cientistas. Mas as células tiveram mais dificuldade em sobreviver, o que significa que houve uma redução no númetro de neurônios novos para processar sentimentos e emoções”.

“Os pesquisadores acreditam que a perda de células nervosas pode ser uma causa de depressão. Uma semana após o teste, apenas um terço das novas células produzidas havia sobrevivido. A sobrevivência dos neurônios em longo prazo também foi comprometida.Os pesquisadores acreditam que o estudo possa ajudar no desenvolvimento de tratamentos para impedir que situações muito estressantes causem problemas de depressão”.

Com essas conclusões alguns fatos da fisiologia da depressão pode ser melhor entendida; a perda de elementos como o Zinco pode estar relacionada com essa destruição dos neurônios. Essa destruição celular pode provocar uma perda do zinco intracelular e que acaba não sendo reposto por dieta ou reposição fisiológica. A administração do Zinco por medicamento não é eficiente e causa uma série de problemas de ajustes. Além deste outros problemas fisiológicos são evidentes e se elucidam com o fato da destruição celular dos neurônios.

Isso pode explicar também a “depressão pós-parto” que muitas parturientes sofrem devido ao estresse enfrentado por longas horas de contração. A perda dos líquidos intra e extra-celulares em todo o evento do parto, talvez diminua a concetração dos oligo-elementos – zinco, manganês, cobre – e outros perdidos também na destruição das células nervosas.

“Como os neurônios não morrem imediatamente após o episódio de estresse, mas pelo menos 24 horas depois, o tratamento poderia ser administrado nesse intervalo para impedir a perda de células. O coordenador da pesquisa, Daniel Peterson, disse que o próximo passo é entender como o estresse reduz a sobrevivência dos neurônios”. Isso significa que uma rápida reposição de elementos como o zinco pode evitar a destruição celular.

Uma dieta bem equilibrada pode compensar os estados de depressão eventuais – como o pós-parto. Mas também aqueles que surgem do estresse diário. É muito importante que o diagnóstico da depressão não seja uma instalação da doença propriamente dita, mas uma demanda de ajustes para a correção fisiológica e reestruturação dos hábitos de vida.

Alimentos como as castanhas e amêndoas são ricas em zinco e outros oligo-elementos. O leite produzido a partir das castanhas do pará é um rápido e excelente repositor do zinco. No entanto isso não é uma reposição automática e deve ser feita na base nutricional de uma dieta regular e balanceada.

Fonte: BBC

ENTENDENDO O MECANISMO DO ESTRESSE


“Para o professor David Kendall, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, apesar de o estresse extremo ser prejudicial à saúde, níveis moderados podem ser benéficos. “A regra parece ser que um pouco de estresse é bom para você, mas o estresse severo e imprevisível é ruim”, disse.

Essa é uma definição acadêmica para o estresse, pois se trata de um mecanismo natural do organismo humano; é o estresse que torna possível uma série de atitudes que garantem a sobrevivência humana no planeta. Assim como os episódios de depressão estão sendo encarados como ‘normais’ e devem ser administrados e não medicados, o estresse tem sido reavaliado como um “mecanismo natural”.

Os estados de estresse e depressão para serem tratados como doença devem ser diagnosticados por médicos especialistas na área; não especialistas tendem a generalizar os sintomas e diagnosticar estados de tristeza como depressão, e os casos de cansaço e ansiedade como estresse. Existem níveis destes comportamentos (estresse, depressão, ansiedade) que associados a exames, anamnese e histórico do paciente irão determinar os diagnósticos.

O estresse é um evento fisiológico que desencadeia uma reação fisiológica e uma imediata ação comportamental. Essa reação fisiológica é intermediada por substancias produzidas pelo próprio corpo – adrenalina, nor-adrenalina, cortisol – e vários outros hormônios que combinados entre si em concentrações variadas determinam nossas emoções, sentimentos e ações comportamentais.

O perigo está em se repetir esse evento fisiológico com freqüência. Substancias como adrenalina possuem uma engenharia química que cede elétrons e ativa os neurônios e permite uma ação neural rápida e eficiente. Mas também são substancias que agridem as demais células do organismo, quando em altas concentrações e freqüência de circulação no sangue.

Órgãos como o coração são altamente prejudicados com a constante exposição aos hormônios adrenérgicos. Uma “pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, sugere que... adrenalina na circulação, e... outros hormônios ligados ao estresse, fazem com que o coração fique "atordoado". Segundo os cientistas, excesso de hormônios do estresse podem ser tóxicos para o coração”.

O estilo de vida da maioria da população favorece os repetidos eventos de estresse e instalam a “doença” no individuo. Um dia estressante pode começar com um relógio despertando com um som estridente e terminar com um trânsito caótico e noticias ruins no noticiário da noite. “Um estudo feito por uma equipe da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sugere que ouvir uma notícia chocante inesperada pode provocar em uma pessoa sintomas semelhantes aos de um ataque cardíaco - dores no peito, fluído nos pulmões, dificuldade de respirar e colapso cardíaco”.

E isto é apenas um episódio de um dia de 18 horas em estado de alerta (acordado) onde 12 horas são de trabalho, 2 a 3 horas de deslocamento em trânsito e 3 horas são em casa, muitas vezes na frente da TV ou em discussões familiares.

Nem todos possuem uma vida estressante assim, é claro. Mas episódios do dia-a-dia são comuns – acordar atrasado, pegar um trânsito lento, se aborrecer com o chefe, discutir com companheiros de trabalho, se aborrecer com as finanças, receber más noticias, dívidas etc.

Parece ser mais fácil ter o estresse do que viver uma vida saudável. Por isso procure mudar seu estilo de vida. Favoreça coisas que irão trazer saúde como – diminuir o volume do despertador (há relógios que imitam o som de pássaros); alimente-se bem de manhã com produtos naturais (evite a cafeína e alimentos gordurosos); se puder ir ao trabalho a pé, excelente; caso seja longe vá de ônibus, lendo algo agradável, cochilando ou ouvindo músicas relaxantes; procure não discutir no trabalho; reserve as horas do almoço para ficar exposto ao sol e respirar profundamente; ao meio dia alimente-se com verduras e legumes ou frutas doces; faça exercícios físicos ao chegar em casa – uma simples caminhada de 20 minutos ajuda a eliminar a toxicologia do estresse.

O importante é sabermos que se pode fazer muito em não adquirir hábitos que nos elevam o nível do estresse.

Fonte: BBC

A CURA PELA MEDICINA NATURAL


Para se obter a cura de uma doença, é necessário investigar a origem da mesma; somente assim os métodos de cura podem ser aplicados de forma bem sucedida. Boa parte das doenças da modernidade podem ser curadas através de um tratamento natural; outra parte delas podem ser acompanhadas com elementos e práticas naturais e resultar na cura.

O nosso organismo foi projetado para enfrentar situações de reabilitação – “A natureza estava fazendo o melhor que podia para livrar o organismo de um acúmulo de impurezas, e fosse ela deixada a si mesma, auxiliada pelas bênçãos comuns do Céu, tais como ar puro e água pura, ter-se-ia efetuado uma cura rápida e segura”. CSRA, 34

No entanto há desordens fisiológicas que precisam de um diagnóstico seguro, uma terapia correta e acompanhamento médico. A primeira coisa a fazer é procurar um especialista na área de seu problema; após o diagnóstico, se o tratamento for medicamentoso, procure uma segunda opinião de um médico naturalista. Seja sábio em avaliar as possibilidades e comparar com aquilo que você conhece sobre os tratamentos naturais.

Há situações crônicas ou doenças que é necessário uma intervenção cirúrgica, ou na maioria das vezes um medicamento. Use os meios ao seu alcance. “A idéia que tendes, de que não se deveriam usar remédios para os doentes, é erro. Deus não cura os doentes sem o concurso dos meios de cura que estão ao alcance dos homens, ou quando os homens se recusam a ser beneficiados pelos remédios simples que Deus proveu no ar e na água puros”. 2 ME, 286

A grande incógnita parece ser quando recorrer aos métodos naturais, e quando usar os métodos convencionais. É justamente o médico que determinará isto. Os profissionais, na maioria esmagadora, buscarão a cura pelos medicamentos. Aqui está o momento em exercer sabedoria. Se a situação exigir o uso de antibiótico para controlar uma infecção, ou outro medicamento para estabilizar situações críticas – não há muito que se pensar – se deve usar o medicamento.

“Os que buscam a cura pela oração não devem negligenciar o emprego de remédios ao seu alcance. Não é uma negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todo recurso para restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais”. OE, 220

O tratamento natural são para situações não urgentes de intervenção, em que uma segunda opinião pode ser recorrida com tempo, para o inicio de uma terapia natural. “Os remédios de Deus são os simples agentes da natureza, que não sobrecarregarão nem enfraquecerão o organismo mediante suas fortes propriedades. Ar puro e água, asseio, regime adequado, pureza de vida e firme confiança em Deus, são remédios por cuja falta milhares de pessoas estão perecendo; todavia esses remédios estão caindo em desuso, porque seu hábil emprego requer trabalho que o povo não aprecia. Ar puro, exercício, água pura, e morada limpa e aprazível, acham-se ao alcance de todos, com apenas pouca despesa; as drogas, porém, são dispendiosas, tanto no gasto do dinheiro, como no efeito produzido no organismo”. Testimonies, vol. 5, pág. 443.

Os profissionais cristãos, comprometidos com a mensagem de saúde serão úteis nesses momentos de avaliação. Nem todos médicos que compartilham de nossa crença cristã, se utilizam dos meios naturais ou os aprovam. É necessário recorrer àqueles profissionais que conhecem o valor do tratamento natural.

“Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimento dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de aplicá-los. É essencial, tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente esse conhecimento”. A Ciência do Bom Viver, pág. 127.

O tratamento natural é um recurso sem concorrentes. Seu benefício é grande e poderoso, no entanto requer disciplina em seu uso e tempo para sua ação. “O uso dos remédios naturais requer certo cuidado e esforço que muitos não estão dispostos a exercer. O processo da natureza para curar e construir, é gradual, e isso parece vagaroso ao impaciente. Demanda sacrifício e abandono das nocivas condescendências. Mas no fim se verificará que a natureza, não sendo estorvada, faz seu trabalho sabiamente e bem. Aqueles que perseveram na obediência a suas leis, ganharão em saúde de corpo e de alma”. CBV, 127.

A grande vantagem dos métodos naturais residem na prevenção de doenças. Usar o estilo de vida naturalista conduz para uma recompensa ainda aqui nesta vida, de saúde e qualidade de vida. Mas eles também recuperam o doente; isto requererá tempo e disciplina. “Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de aplicá-los. É essencial tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente esse conhecimento”. CBV, 127

“Há muitos modos de praticar a arte de curar; mas um só existe aprovado pelo Céu. Os remédios de Deus são os simples agentes da natureza, que não sobrecarregarão nem enfraquecerão o organismo mediante suas fortes propriedades. Ar puro e água, asseio, regime adequado, pureza de vida e firme confiança em Deus, são remédios por cuja falta milhares de pessoas estão perecendo” 2 TS, 142.

O OITAVO ELEMENTO


Oito são os remédios deixados por Deus para uma recuperação efetiva da saúde – “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios”. CBV, 127

Mas há o último deles que chama a atenção e consta como segredo do sucesso deste tratamento – “confiança no poder Divino”. Esse oitavo elemento é a intervenção de Deus em qualquer situação envolvida; o diagnóstico de toda e qualquer doença está sujeito a cura sobre este último recurso. Era este o poder envolvido nas curas de Jesus a dois mil anos atrás, e é o mesmo que hoje opera através dos recursos naturais.

Todo o procedimento com o ar, sol, água e alimentos naturais possuem virtude em si mesmos; no entanto o poder de Deus vai operar nas mais variadas situações de doença quando tais recursos parecem serem simples ou inócuos à doença envolvida.

O oitavo elemento dos remédios deixados por Deus nos lembra que sob o conselho deixado quanto a esses métodos naturais reside o poder do Criador do universo a operar. Aqueles que adotam esses recursos naturais como um estilo de vida, encontram não somente saúde, mas uma energia revitalizante que preserva e dá qualidade a vida.

Se os oito elementos naturais forem seguidos com disciplina e perseverança, “o SENHOR de ti desviará toda enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes; antes, as porá sobre todos os que te aborrecem” Deuteronômio 7:15.

Israel ao sair do Egito sofreu uma Reforma de Saúde extraordinária envolvendo todos os oito elementos naturais. Estavam em contato com o ar puro, luz solar e água “da rocha”; caminhavam regularmente, e certamente devido a esse esforço físico tinham um sono reparador. Suas vidas foram de abstêmia dos hábitos nocivos dos egípcios; e Deus lhes proveu uma dieta saudável a base do Maná, frutas do deserto, e os produtos do rebanho – leite e derivados.

Foi porém a confiança em Deus que lhes preservou muito mais do que a saúde – “Nunca se envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos” Deuteronômio 8:4. Moisés reconhece que Deus os preservou dos efeitos naturais de uma vida pelo deserto – cansaço, e desgaste físico. Deus cuidou da saúde deles.

A obediência aos conselhos Divinos são resultantes em bênçãos. O poder que reside em cada um destes outros sete elementos consiste na verdadeira benção do Criador.

O oitavo elemento no faz lembrar que para cada situação crítica existe um tratamento; para cada diagnóstico desfavorável, existe uma cura.

FICAR DOENTE É PECADO?


Pecado se constitui em “transgressão da lei”; e dentro da “Lei” há mandamentos, conselhos e testemunhos. O livro de Levíticos se constitui parte da “Lei” que traz em sua segunda seção, dezenas de conselhos e mandamentos para a preservação da saúde do homem. Ficar doente depois da consciência sobre as leis, se constitui pecado; mais grave ainda é estar consciente dos conselhos modernos que temos no Espírito de Profecia, que são extensões ampliadas de todas as práticas sanitárias de Levíticos.

É nesse contexto que a última seção da “Lei” diz: "te ordeno, hoje ames o SENHOR, teu Deus, que andes nos seus caminhos e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, PARA QUE VIVAS E TE MULTIPLIQUES... dando ouvidos à sua voz e te achegando a ele; pois ELE É A TUA VIDA E A LONGURA DOS TEUS DIAS” Deuteronômio 30:13 e20.

As regras de saúde em levíticos eram rígidas e uma pessoa para ser excluída da rotina espiritual não precisava estar doente, mas só o fato de estar com suspeita de contaminação (imunda) era separada, passava por processos de descontaminação e só depois era readmitida na rotina religiosa. Era um processo de controle sanitário; entendemos isso quando lemos que ali era um acampamento de um milhão de pessoas. Para se manter a saúde desse acampamento em condições tão adversas eram necessárias regras sanitárias rígidas.

Doença no século 20 é algo complexo. Afirmar que ficar doente é pecado, vai ofender a muitas pessoas, pois um percentual muito alto de pessoas possui alguma desordem orgânica, no entanto ter uma doença constitui-se uma mudança dos planos originais de Deus e da imagem que refletimos DEle.

As doenças são agrupadas de acordo com sua origem – infecciosas, fisiológicas adquiridas, traumáticas, psíquicas, por lesões de esforço repetido (LER), por dependência, acidentais, congênitas,etc.

Doenças Infecciosas – são as que se tratam principalmente em Levíticos; a maioria das doenças ali relatadas são infecciosas causadas por fungos (doenças de pele) e bactérias (lepra, cólera, difteria, peste etc) causadas pela falta de higiene e condições sanitárias básicas. Eram tratadas de forma rígida com quarentena (13:46; 14:8) e rigorosa higiene (14:9; 15:5) mas com certeza algumas medidas visavam também a não contaminação por vírus.

As doenças infecciosas eram perigosas em um acampamento de um milhão de pessoas e podiam se alastrar em horas e matar a dezenas de milhares em dias. Em uma população pecuarista como eram os israelitas o contato com animais favorecia a pragas ou doenças zoonóticas. Havia ainda problemas com pulgas, carrapatos e outros insetos comuns aos animais que podiam infestar o acampamento trazendo a peste. As doenças infecciosas hoje são bem controladas devido as leis sanitárias e a higiene que são bem popularizadas. Mas a tuberculose, hepatite e a AIDS são as atuais campeãs de infecção. Um aidético é culpado como pecador por sua doença? Uma pessoa que adquiriu Hepatite C e sofre com seus efeitos e tratamento é pecador?

A complexidade que o pecado envolveu o homem criou situações atípicas e que indiretamente fazem o homem ser caracterizado como responsável pelo seu pecado. Há diferentes formas de infecção pela AIDS. A origem da doença (a teoria mais aceita) é que caçadores e tribos da áfrica tenham se contaminado com o sangue de macacos (por ingestão da carne crua ou mal cozida) e o vírus tenha se transmitido por via sexual. A partir daí vem a complexidade do pecado (quebra da lei). Se os homens nunca tivessem tocado nos animais imundos, não haveria essa doença; mesmo assim na ignorância das tribos isoladas no centro da áfrica, se eles tivessem uma moral sexual, a doença iria ficar circunscrita ao casal ou no máximo a aquela família, devido a infecção vertical do vírus (mãe e feto).

Mas hoje se sabe que a promiscuidade é o principal veículo do vírus, sendo as demais formas secundárias – transfusão de sangue, injetáveis e acidentais. As DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) estão incluídas aqui e são indicadas em Levíticos (15:4, 21, 26).

Doenças Fisiológicas – essas são as epidemias e pandemias mundiais. Trata-se das doenças cardíacas (não congênitas), diabetes (não congênita), doenças renais, hepáticas, e muitas outras que foram adquiridas por maus hábitos de alimentação, inatividade, alcoolismo, fumo e dezenas de outras coisas anexadas ao estilo de vida. Entre essas doenças há os sintomas e causas de algumas patologias que acabam se caracterizando como doenças – hipertensão, AVC (acidente vascular cerebral), obesidade, osteoporose etc.

Estamos em um século de pessoas doentes, enfermas. São raras as pessoas que não possuem alguma anormalidade e isto acarrete em algum desconforto ou sintomas que venham a atrapalhar o viver diário. Implicações indiretas como o consumo de medicamentos, consultas médicas, gastos com a saúde são indicadores de como estamos “doentes” e nossa vida é uma sobrevivência. As doenças fisiológicas são causadas pelos maus hábitos e são as principais referidas nos Conselhos sobre Saúde que temos no Espírito de Profecia.

Excluindo as causas congênitas (que uma pessoa nasce com o problema) estar doente por uma causa fisiológica, se constitui pecado. A declaração de EGW está principalmente dentro deste segmento de doenças em que somos responsáveis diretos por nossa saúde ou ausência dela. As doenças cardíacas são essencialmente resultado dos hábitos alimentares errados, com uma alimentação rica em gordura animal, falta de exercício físico e alimentos hiper-calóricos ou industrializados.

“Segundo a Organização Mundial de Saúde, o derrame cerebral, ou acidente vascular cerebral (AVC), atinge 15 milhões de pessoas por ano e é a terceira principal causa de morte natural no mundo. Destas, cinco milhões morrem, e outras cinco milhões sofrem seqüelas que as deixam deficientes. No Brasil, 129.172 pessoas morreram de AVC em 2002... o fumo, a dieta ruim e o sedentarismo são apontados como as principais causas que podem levar a um derrame. ” [BBC].

Até mesmo o câncer que tem sido relacionado com o fator congênito (herdado ao nascer) tem outras causas ou elementos inibitórios que retardariam ou até anulariam a manifestação de células mutantes e desenvolvimento da doença. “Os especialistas conseguiram determinar que, de 7 milhões de mortes por câncer em 2001, 2,43 milhões estavam ligadas a fatores de risco que poderiam ser modificados. Entre eles estão alimentação ruim, fumo, álcool, obesidade, falta de exercício e poluição do ar, segundo o estudo publicado na revista especializada The Lancet. As conclusões são baseadas em uma análise ampla de estudos científicos e outras fontes, como relatórios governamentais” [BBC].

Desconhecemos muito do que rege o desencadeamento das doenças, principalmente das fatalidades, mas maior é o conteúdo do que conhecemos como leis de saúde e que nos fazem responsáveis diretos sobre se somos saudáveis ou não; se temos qualidade de vida ou não; se vivemos muito ou não; e por fim, se ficamos doentes ou não.

Doenças Psíquicas – há muitas pessoas com depressão hoje em dia, e muito se fala que a depressão é resultado de não se confiar em Deus ou não possuir uma comunhão real com Ele. Novamente estamos diante da complexidade do pecado. A depressão é uma doença fisiológica, mas tratada nos consultórios dos terapeutas da psicologia e psiquiatras.

A Depressão propriamente dita ocorre quando há uma deficiência na produção de neuro-hormônios no cérebro. Substâncias como a Serotonina são as responsáveis para oferecer aos humanos a sensação de bem estar; a depressão fisiológica surge quando esse mecanismo não funciona e a Serotonina para de ser fabricada. Há vários motivos para essa perda de produção. Uma pessoa sedentária com um estilo de vida desfavorável tem sua produção de Serotonina diminuída. O defeito fisiológico pode ser corrigido com drogas, mas uma pessoa normal, que passa sob estresse psíquico e acaba por desenvolver a doença, tem condições de superar o trauma psíquico e fisiológico. O uso das drogas só potencializará a deficiência.

Portanto há aqueles que possuem depressão por característica própria de sua personalidade (melancólicos) ou introvertidos com tendências para a reclusão, pessimismo e negativismo. Trata-se de seu patrimônio psíquico, muitas vezes herdado. Por outro lado tem aqueles que adquiriram a doença pelo uso indiscriminado dos medicamentos; em crises existenciais, relacionais e outras, usaram do medicamento para combater a simples tristeza, ou o fato de estarem depressivos mas não com a doença fisiológica depressão. Cabe a um profissional (terapeuta) cristão e competente, dignosticar. Além da depressão existem outras doenças e cada caso deve ser acompanhado de terapia. Muitas dos casos com origem a partir das relações familiares desestruturadas ou um caráter ou personalidade mal formado. A terapia aliada ao evangelho pode ajudar muito às pessoas com desordem psíquicas.

Outras doenças – há ainda as doenças do trabalho, como a LER; caracterizadas pelo trabalho repetitivo e excessivo. Muitas vezes as empresas são as responsáveis por não oferecer condições saudáveis para o funcionário. Outras vezes o individuo é responsável diante de Deus por dedicar o melhor das suas forças ao emprego, e desenvolver assim doenças pelo excesso de trabalho e descuido com a saúde. As doenças traumáticas são decorrentes dos acidentes em geral.

Formalmente são deficientes aqueles que passam por traumas de acidentes e perdem funções ou adquirem disfunções. A causa do acidente revelará se houve negligencia humana ou fatalidade. As doenças congênitas são resultado do pecado "in situ" ou por que temos em nosso planeta a ordem das coisas afetadas por essa realidade espiritual. Crianças que nascem com defeitos e possuem doenças das mais variadas formas em síndromes e deficiências, representam os sinais do pecado de um planeta e não de um individuo propriamente dito. Há fatores adversos em cada situação que podem determinar exceções. Mulheres que tem filhos tardiamente estão mais propensas a ter bebês com problemas; pessoas que usam drogas como a maconha também estão expostas a mesma situação.

Conclusão – muitas das doenças que relatamos são devido ao afastamento do homem de seus propósitos originais, que foram estabelecidos pelo Criador. Ficar doente é pecado? Muitas vezes sim. Muitos ficam doentes por que não seguem as leis, conselhos e o estilo de vida que Deus revelou ao homem – “Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo”; Prov. 4:20 a 22.
Mas Deus não nos deixa abandonados em nossas precipitadas escolhas – “Eis que eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade... Porque restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz YHWH...” Jeremias 30:17