EDUCAÇÃO ADVENTISTA E A SAÚDE
Postado por
Ivair Augusto
"Refrigerantes com muitas calorias não serão vendidos nas escolas dos Estados Unidos depois do fechamento de um acordo entre os principais distribuidores de bebidas do país. A medida significa que as escolas primárias e do ensino fundamental vão poder vender para alunos americanos sucos sem açúcar, água e leite com menos gordura”. [BBC]
Essa matéria não era para ser uma novidade, mas apenas uma confirmação dos princípios adventistas de saúde. Mais uma vez a mensagem de saúde adventista perde a oportunidade de se fazer distinta e ganhar destaque por falta de fidelidade aos princípios de saúde. Tem sido um esforço constante nas escolas adventistas fundamentais e secundárias (com exceção dos colégios internos) tentar implantar a questão nas cantinas e festinhas que são constantes no calendário escolar. Os refrigerantes, doces e bolos são oferecidos sem restrições.
“ Há uma importante obra a ser feita em nossas escolas, no ensino, aos jovens, dos princípios da reforma de saúde. Os professores devem exercer uma influência reformadora na questão de comer, beber e vestir, e motivar seus estudantes a praticar a renúncia e o domínio próprio. Aos jovens se deve ensinar que todas as suas faculdades provêm de Deus; que Ele tem direito sobre cada uma delas; e que, maltratando a saúde de qualquer maneira, desprezam uma das melhores bênçãos de Deus”. CPPE 294
Nos EUA agora é lei. É proibido oferecer o refrigerante para as crianças. Considerado o principal vilão na obesidade infantil, a bebida não circula mais livremente nas cantinas dos colégios e nem nas festinhas das salas de aula.
“As gigantes do setor nos Estados Unidos, Coca Cola, PepsiCo e Cadbury Schweppes, assinaram o acordo visando diminuir a obesidade e deve afetar 87% do mercado de bebidas para escolas no país. A medida foi tomada devido à crescente preocupação gerada por relatórios que mostravam o crescimento da obesidade infantil. Refrigerantes são freqüentemente culpados pela obesidade infantil por terem muitas calorias e serem os preferidos de crianças. O acordo foi idealizado pela Aliança por uma Geração Mais Saudável, uma iniciativa conjunta da Fundação William J. Clinton e a Associação Americana do Coração, como parte de um programa de saúde para escolas”. [BBC]
Mas a revolução na saúde das crianças não para por ai. Novas medidas vão surgindo por todo o planeta em busca de uma qualidade de vida melhor para a geração do futuro.
“A agência reguladora das Comunicações na Grã-Bretanha (Ofcom) determinou que a partir de 2007 estará proibida a veiculação na televisão de anúncios de fast food nos intervalos de programas britânicos voltados para menores de 16 anos. A Ofcom justificou a medida com o que considera ser sua responsabilidade de reduzir a exposição de crianças a alimentos pouco saudáveis, geralmente ricos em açúcar, sal e gordura. A diretora do Departamento de Ciência e Ética da Associação Médica Britânica, Vivienne Nathanson, disse: "Nós estamos no meio de uma epidemia de obesidade e precisamos usar todas as armas para impedir a próxima geração de ser a geração mais obesa e menos saudável da história". [BBC]
As escolas adventistas deveriam ser centros de divulgação da saúde e não oferecer aos alunos artigos que venham a promover a obesidade ou outros problemas de saúde. Os professores são responsáveis a ensinar o que é correto, mesmo que muitos deles não o pratiquem. A prática daquilo que é saudável apenas irá render propaganda e sucesso ao sistema adventista de educação. “Os que estudam e praticam os princípios do viver saudável serão grandemente abençoados, física e espiritualmente. A compreensão da filosofia da saúde é uma salvaguarda contra muitos males que estão continuamente aumentando”. CPPE 138
Cada dia que passa é uma oportunidade perdida para divulgar a excelência do sistema. A propaganda é um poderoso veículo e é preciso saber explorar esse mecanismo. Não nos custaria nada essa propaganda e seria uma divulgação natural ao ser evidenciado tais princípios já existentes em nossas instituições.
A Federação da Comida e Bebida (FDF, sigla em inglês), fez regulamentações que foram divulgadas pelo Ministério da Saúde britânico, quanto aos chocolates e doces que são vendidos nas escolas. “De acordo com membros do FDF, as escolas primárias do país vão remover as máquinas que vendem balas e chocolates, a menos quando houver pedidos específicos para que isso não seja feito. As companhias também participarão de uma campanha educativa do governo sobre alimentação e estilo de vida saudáveis, publicando mensagens sobre o tema nas embalagens”. [BBC]
A preocupação com estes assuntos surge nos paises de primeiro mundo; no entanto essa preocupação é adventista por excelência. Há um século e meio essas são as diretrizes para a educação adventista e que deveriam estar sendo destacadas como uma fórmula que tem êxito. Mas como estar em destaque quando a grande maioria não segue as diretrizes? É preciso assumir esses princípios e fazer a diferença; não teremos mais os méritos, mas ao menos teremos nossas crianças com mais saúde. “Fui instruída quanto a não deverem servir-se, aos que freqüentam nossas escolas, alimentos cárneos nem iguarias reconhecidas como prejudiciais à saúde. Nada que sirva para despertar o desejo de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para todos que se recusem a comer as coisas que prejudiquem a saúde”. CPPE 298
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o aumento do número de crianças obesas no mundo pode levar a uma incidência cada vez maior de diabetes e afetar o desenvolvimento econômico em várias partes do planeta. Segundo a entidade, um número crescente de adolescentes está sendo diagnosticado com uma forma de diabetes que costumava afetar principalmente pessoas adultas. Como 10% das crianças em idade escolar hoje estão bem acima do peso ideal, de acordo com a OMS, e por isso a situação tende a se agravar. A entidade calcula que 22 milhões de crianças com menos de cinco anos sofrem de obesidade ou sobrepeso e diz que este é um fenômeno que não se restringe aos países ricos – 17 milhões delas vivem nos países em desenvolvimento. A mudança se deve, para a OMS, a dietas desequilibradas e à falta de exercícios físicos de grande parte das crianças. A entidade defende que as crianças recebam mais orientação sobre hábitos alimentares ainda quando bem jovens e também que sejam submetidas a mais atividades esportivas na escola”. [BBC]
Exercício físico, alimentação saudável, ar puro, água e luz solar... quem não conhece essa fórmula? A fidelidade a esses princípios nos faria estar em evidencia hoje; mas o objetivo é ter saúde e não fama. Portanto é necessário fazer de tais diretrizes uma regra dentro das escolas e internatos. “Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e bem desenvolvidos músculos e cérebro, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham bem regulada ocupação e recreação. As crianças e os jovens mantidos na escola e presos aos livros não podem possuir sã constituição física”. CPPE 83
As vezes ficamos receando a reação das pessoas quanto às regras que nos foram deixadas, no entanto percebemos que a reação do mundo seria favorável, ao saber que já existem escolas que não oferecem aos seus alunos refrigerantes, lanches calóricos e que os estimulam a prática de exercícios e uma vida saudável. “Trabalho diário, sistemático, deve constituir parte da educação da juventude, mesmo nestes últimos tempos. Muito se pode conseguir agora mediante a ligação do trabalho manual às nossas escolas. Seguindo esse plano, os alunos adquirirão elasticidade de espírito e vigor de pensamento, habilitando-se a realizar mais trabalho mental em determinado tempo do que o poderiam fazer com o estudo unicamente. E poderão deixar a escola sem desequilíbrio de saúde.” CPPE 292
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